Carlos Brandão autoriza investimentos para fortalecer Defesa Agropecuária
Governador do Maranhão vai viabilizar status de zona livre da febre aftosa sem vacinação
Garantir ao Maranhão o status de zona livre da febre aftosa sem vacinação. Esse é o principal objetivo por trás da série de novos investimentos anunciados pelo governador Carlos Brandão, que visam reestruturar as unidades da Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged/MA). Em solenidade realizada nesta segunda-feira (29), no auditório do Palácio Henrique de La Rocque, em São Luís, Brandão assinou ordens de serviço para aquisição de novos veículos e novo mobiliário, capacitação e contratação de novos servidores, entre outros anúncios voltados para requalificar o trabalho nos escritórios da Aged.
“Hoje foi um dia em que a gente reestruturou a Aged com várias ações: locação de veículos, recuperação de prédios, móveis novos, nomeação de novos servidores, distribuição de vacinas para territórios quilombolas e indígenas, tudo isso para que a gente possa, efetivamente, avançar no combate à aftosa”, detalhou o governador Brandão durante a solenidade.
De acordo com o governador, o objetivo é elevar o status sanitário maranhense para zona livre da febre aftosa sem vacinação. A febre aftosa é uma enfermidade causada por vírus (família Picornaviridae, gênero Aphthovirus) e a patologia pode acometer animais como: bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e suínos.
O Maranhão já cumpriu 3 dos 4 itens necessários para a suspensão da vacina, aguardando apenas a avaliação feita pelo Ministério da Agricultura, por meio da Auditoria de Qualidade do Serviço Veterinário Estadual (Quali-SV), onde o estado precisa obter pontuação 3.
“Com essa parceria dos produtores rurais com a equipe da Aged motivada e aparelhada, não tenho dúvidas de que iremos cumprir todas as metas estabelecidas pelo Ministério da Agricultura”, frisou Carlos Brandão.
A avaliação será realizada no final de julho e início de agosto na sede e nos escritórios da Aged. Com a validação do Governo Federal, o Maranhão estará apto a suspender a vacinação em 2024 o que deve garantir cerca uma economia de R$ 56 milhões em custos com a vacinação, segundo dados do Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc).
“Este é um dia muito importante para a Defesa Agropecuária do Maranhão. São investimentos fundamentais para que o Maranhão evolua de status sanitário e esses investimentos são essenciais para que o órgão cresça ainda mais”, pontuou Cauê Aragão, presidente da Aged.
Ampliação de importações e exportações
A elevação do status sanitário também garante maior potencial para exportação e importação da produção pecuária local, como explica Renata da Silva Ricupero, produtora rural que atua entre as cidades de Cidelândia e Imperatriz.
“Isso é uma porta aberta para o mercado nacional e internacional. A produção pecuária cresce em números expressivos, mas também em visibilidade, como um estado forte e pujante. A liberação da vacinação abre mercados. Com uma estrutura melhor de fiscalização, mostrando para os outros estados e países que estamos preparados”, sublinhou Renata Ricupero, pecuarista que atua no chamado “ciclo completo”, ou seja, na cria, recria e engorda.
Veículos, novas estruturas e novas mobílias
Para se preparar para a auditoria do Ministério da Agricultura e obtenção da nota, o Governo do Maranhão assinou ordem de serviço para entrega de 34 veículos, para otimizar as ações da Aged na fiscalização de propriedades rurais e do comércio de venda de vacinas e de agrotóxicos.
Também foi assinada ordem de serviço para a reforma de 59 escritórios do órgão. Outro investimento autorizado, foi a confecção de móveis para a sede e os escritórios da Aged em todo Maranhão, frutos de parceria firmada entre a Agência e a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), que vai utilizar mão-de-obra dos apenados, para a confecção de toda mobília.
“Vai viabilizar os nossos atendimentos e funções laborais dentro da Aged. Todas essas melhorias são importantes, vão incrementar nossas ações, favorecendo que alcancemos o status de zona livre da febre aftosa sem vacinação”, sublinhou Fernanda Rolim, gestora da Aged em Imperatriz.
Doação de vacinas, mais servidores e Selo Livre de Agrotóxicos
Outra ação anunciada para o fortalecimento da Defesa Agropecuária no Maranhão pelo governador Carlos Brandão, foi a aquisição de 58.080 doses de vacinas contra febre aftosa para doação aos produtores de áreas quilombolas, indígenas e de extrema vulnerabilidade socioeconômica.
Também foi anunciada a nomeação de novos servidores da agência, bem como o projeto de Lei que cria o Serviço de Inspeção Estadual de Produtos de Origem Animal; criação do Selo dos Produtos Livres de Agrotóxicos, oriundos da agricultura; criação do aplicativo do Sistema de Gestão Agropecuária do Maranhão (Sigama) – que está em fase final de testes -, entre outras novidades.
“Não estamos pensando só no grande e no médio, mas a gente tem que pensar nas comunidades mais vulneráveis, que vão receber a vacina de forma gratuita. A gente tem sempre a preocupação de valorizar a nossa produção e todos os segmentos”, afirmou o governador, que é médico veterinário de formação e ajudou a criar a Aged no Maranhão, quando ocupou o cargo de secretário-chefe da Casa Civil, na gestão do ex-governador José Reinaldo Tavares.
A cerimônia também foi marcada com a presença do secretário de Estado da Agricultura e Pecuária (SAF), Diego Rolim; do chefe da Superintendência Federal de Agricultura, Mauro Carvalho; do presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Maranhão, Raimundo Coelho; do presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária, Lucindo Pereira e da presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão (Alema), Iracema Vale, entre outros parlamentares.