Paulo Guedes também corre risco de cair do “Cavalo”
Para tentar apagar o incêndio, Bolsonaro diz que quem manda na economia é Paulo Guedes
Jair Bolsonaro fez o que tinha que fazer em relação a mais um incêndio em seu governo: a dúvida sobre a autonomia de Paulo Guedes para definir os rumos da economia e, mais grave, a incerteza em relação à permanência do Posto Ipiranga no cargo.
Disse que “o homem que decide a economia é um só: Paulo Guedes”.
Bolsonaro não podia correr riscos no momento em que as labaredas da demissão de Sérgio Moro e o imbróglio da nomeação de Alexandre Ramagem para a PF prometem ainda provocar muitas queimaduras em seu governo. Bolsonaro não pode nem pensar em perder o apoio dos empresários, um eixo fundamental de estabilidade de qualquer governo — Fernando Collor e Dilma Rousseff deixaram de ter esse apoio e caíram. E perder Guedes e o que suas ideias representam para o empresariado seria mortal para um presidente que já tem problemas suficientes no Congresso.
A questão é saber quanto tempo dura essa demonstração de poder dada a Paulo Guedes.
Por Lauro Jardim