Vereador Sassá e o irmão Fábio de Zé Preto estão leiloando 382 votos a candidatos a deputado

Sem base eleitoral, os únicos votos computados nas eleições passadas foram esses 382 que elegeram Sassá.

A política de Bequimão virou um verdadeiro aeroporto: pousam e decolam políticos oportunistas sem votos, mas que se vendem como grandes lideranças. Às vésperas do pleito de 2026, a cena se repete — candidatos a deputado, sem qualquer compromisso com o município, buscam apoio local e encontram terreno fértil nos autointitulados “donos de votos”. A prática é antiga: oferecer apoio em troca de promessas ou favores, como num balcão de negócios políticos com vantagens apenas para as famosas lideranças sem votos.

Um exemplo é o empresário Fábio de Zé Preto, que em 2024 foi candidato a vice-prefeito na chapa de Dico da Farmácia, mas nunca conseguiu consolidar-se como liderança. Antes disso, chegou a se lançar como pré-candidato a prefeito, mas não pontuou em nenhum cenário político — sendo “rebaixado” a vice após articulação de Coronel Lopes e apoio de Cesar Cantanhede e Antônio Diniz.

Mesmo sem nunca ter sido testado nas urnas, Fábio agora tenta vender como moeda de troca os 382 votos conquistados pelo irmão, o vereador Sassá. Apesar de já ter sido eleito três vezes, Sassá não possui uma base eleitoral sólida, e o mistério sobre como consegue se reeleger sempre levanta questionamentos nos bastidores políticos.

Recentemente, Fábio e Sassá ensaiaram alianças com diferentes candidatos: primeiro posaram para fotos com Jota Pinto, depois apareceram sorridentes ao lado do deputado João Batista Segundo e da deputada federal Detinha. Essa dança de cadeiras, típica do oportunismo político, já começa a desgastar a imagem da dupla diante de um eleitorado que historicamente valoriza a fidelidade política.

Em 2024, Fábio de Zé Preto chegou a prometer candidatura própria, sustentado por sua suposta “força monetária”. Mas, na prática, aliados reclamam que o empresário não investiu um centavo na campanha. A fama de “muquirana” só cresceu — em Bequimão, dizem que Fábio é daqueles que dão tchau de mão fechada.

Com estratégias frágeis e sem penetração eleitoral real, Fábio corre o risco de encarar seu primeiro e último teste político. Caso não consiga mostrar resultados, sua tentativa de se firmar como liderança pode acabar antes mesmo de começar. Afinal, em Bequimão, quem não tem base não se cria.

Resta agora saber: quem vai cair no leilão dos 382 votos de Sassá e Fábio? Jota Pinto, João Batista Segundo, Detinha, Leonardo Sá ou algum novo “comprador” ainda não inscrito nessa novela? Uma coisa é certa: a política local ainda vai render muitos capítulos da tragicomédia que já ganhou título — “O Muquirana”.

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