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“Como Brandão vai liderar palanque de Lula se seus aliados mais queridos atacam o presidente?”, questiona Othelino Neto

Sem citar nomes, Othelino deve ter se referido a figuras como Mical Damasceno, Aluísio Mendes, Yglésio Moyses e o vereador Marquinhos

Os aliados mais barulhentos e exaltados do governador Carlos Brandão são, declaradamente, bolsonaristas. Diariamente, fazem ataques ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na tribuna da Assembleia Legislativa, na Câmara Federal e até na Câmara de Vereadores de São Luís — mesmo com Brandão afirmando, publicamente, que é o líder do palanque lulista no Maranhão.

A contradição foi exposta pelo deputado estadual Othelino Neto (SDD), que fez um questionamento direto ao governador por meio das redes sociais: como alguém pode se apresentar como líder da base do presidente Lula, enquanto seus principais aliados insultam o presidente da República rotineiramente?

Sem citar nomes, Othelino deve ter se referido a figuras como os deputados estaduais Mical Damasceno e Yglésio Moyses, o vereador Marquinhos Silva e o deputado federal Aluísio Mendes, todos com histórico de apoio ao bolsonarismo e de críticas agressivas ao governo federal.

“Os aliados mais queridos do governador Brandão insultam o Lula todos os dias, e alguém diz que o coronel vai liderar o palanque da reeleição do presidente. Cada uma…”, escreveu Othelino, em tom irônico, referindo-se ao apelido dado ao governador por setores da oposição.

O deputado também contestou os resultados de uma pesquisa recente que apontam um suposto alto índice de aprovação da gestão de Brandão no Maranhão. Para ele, os números não condizem com a realidade vivida pela população, sobretudo nas regiões mais carentes do estado. “Quanto à suposta avaliação positiva do coronel, a pesquisa deve ter sido feita dentro do Palácio e restrita aos comissionados. Pelas estradas da nossa bela e sofrida Baixada, certamente os pesquisadores não passaram por lá”, completou.

De fato, a gestão de Brandão vem sendo alvo de diversas críticas por problemas graves em áreas essenciais. As rodovias estaduais estão esburacadas e intrafegáveis, as escolas seguem sucateadas, faltam medicamentos e leitos nos hospitais. Mesmo assim, o governo comemora ter 60% de aprovação popular — um dado que, diante da precariedade visível, levanta dúvidas e alimenta o ceticismo.

A crítica de Othelino expõe o dilema político de Brandão: enquanto tenta manter o apoio do presidente Lula, convive com aliados que combatem o próprio governo federal. A incoerência, mais do que constrangimento político, fragiliza o discurso de lealdade e compromete a credibilidade do palanque governista no estado para 2026.

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