Festejo de São Benedito inicia nesta quinta-feira (7) em Alcântara-MA
São Benedito é padroeiro dos negros, das causas justas e, no Maranhão, dos brincantes de Tambor de Crioula.
Começa nesta quinta-feira, 7 de agosto, o tradicional Festejo de São Benedito em diversas paróquias, igrejas e comunidades do Maranhão. Em Alcântara, a celebração ocorre anualmente na Praça do Galo, em frente à Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos — também conhecida como Igreja do Galo. A programação se estende até o dia 11 de agosto.
Com uma herança de mais de dois séculos, o festejo em Alcântara mantém vivas as tradições afro-religiosas e culturais do município. A celebração reúne devotos, turistas, coreiras e coreiros vindos de várias regiões do estado e do Brasil, numa expressão de fé e identidade do povo negro. O evento conta com o apoio da Prefeitura de Alcântara, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo. Veja abaixo a programação completa.
“Nossa gestão tem apoiado de forma contínua os eventos culturais e religiosos do nosso município. Entendemos que o incentivo da Prefeitura representa um reforço importante para o fortalecimento da economia local, especialmente em celebrações tradicionais como a Festa de São Benedito, o Festejo do Divino, o Clamor pela Pátria, entre outros, que atraem tanto os próprios alcantarenses quanto visitantes de outras cidades. Essas festividades movimentam nossa cidade, beneficiando diretamente setores como restaurantes, pousadas e o comércio em geral, que recebem turistas de diversas regiões do Maranhão e até de outros estados”, destacou o prefeito Nivaldo Araújo.
Quem foi São Benedito
São Benedito nasceu em 31 de março de 1524, na Sicília, Itália, e faleceu em Palermo, em 4 de abril de 1589. De origem africana, era filho de escravizados provenientes da Etiópia. Reconhecido por sua humildade e santidade, São Benedito se tornou símbolo de resistência e fé entre os negros escravizados. É considerado padroeiro dos negros, das causas justas, da cozinha e dos cozinheiros.
No Maranhão, sua devoção está intimamente ligada ao Tambor de Crioula, manifestação cultural afro-maranhense que homenageia o santo com cânticos, danças e louvores, mantendo viva a ancestralidade e a religiosidade popular.
