MARANHÃO

Serviço precário: Eduardo Braide prorroga contrato com empresa para abrigos de ônibus por mais 10 anos

A partir desta semana, o G7 vai mostrar como as pessoas fazem para se proteger de sol e chuva nos famosos abrigos de ônibus que não existem

Embelezar a cidade, entregar um serviço de mais qualidade e proporcionar mais segurança aos usuários foram alguns dos objetivos do contrato de concessão para abrigos de ônibus em São Luís assinado pelo ex-prefeito João Castelo, mantido por Edivaldo Holanda Júnior, mesmo com a precariedade e renovado por Eduardo Braide.

Desde 2012, esse serviço vem sendo mantido pela iniciativa privada, que em troca pode veicular publicidade no local. Na época, essa permissão pela exploração publicitária ocorreu em processo definido por concorrência pública, vencida pela empresa Lemos e Carvalho Engenharia.

Ocorre, entretanto, que mesmo sem realizar reparos e manutenção nos pontos de embarque que deixam passageiros vulneráveis aos riscos de acidentes, o prefeito Eduardo Braide (PSD) prorrogou o contrato com a empresa responsável pelo serviço precário na capital maranhense.

Na publicação, o contrato com a Lemos e Carvalho é prorrogado por mais 10 anos, encerrando no dia 02 de setembro de 2032, conforme extrato publicado no Diário Oficial do Município de São Luís (DOM).

Segundo a proposta contratual, essa seria uma ação estratégica dentro da reformulação do sistema de transporte público coletivo municipal. A ideia, segundo os critérios estabelecidos, era a melhoria da qualidade dos serviços e o incentivo ao uso do transporte público coletivo, em detrimento ao transporte motorizado individual.

De acordo com as informações obtidas pelo jornalista Isaías Rocha e publicadas em seu Blog, a permissão do serviço público, deveria compreender a construção e manutenção de 300 abrigos de passageiros de ônibus em locais dentro da circunscrição do município de São Luís, bem como a restauração e manutenção de 10 abrigos especiais.

Com o contrato dando autonomia para explorar comercialmente a publicidade dos espaços públicos, a empresa ficou responsável pela contraprestação e deveria realizar serviços de construção, recuperação e manutenção de 310 abrigos na cidade. O problema, entretanto, é que nos últimos anos passageiros denunciam situação precária dos equipamentos que sofrem com buracos, falta de assentos e o desgaste causado por falta de reparos.

O que diz a SMTT? 

A Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) informou, em maio de 2021, que 30 novos abrigos para a espera de ônibus estavam sendo preparados para instalação na cidade. Em 2022, o órgão afirmou que novos pontos de espera devem ser instalados na capital, mas chegamos em 2023 e o que se viu até aqui foram apenas as reclamações dos usuários com estado de má conservação nos espaços de embarque.

Ônibus perde demanda

Um estudo obtido com exclusividade pelo blog revela queda brusca na demanda pelo transporte coletivo de São Luís. A projeção é de queda no número de passageiros. Sem novos investimentos, o serviço tende a piorar nos próximos anos, pressionando ainda mais a diminuição de passageiros.

Maior desafio de Braide

O caos no setor virou um dos maiores desafios do prefeito Eduardo Braide. Para tentar resolver os problemas, o gestor teria que investir, principalmente, no transporte coletivo e na infraestrutura da cidade, já que uma das maiores reclamações dos usuários é o tempo de espera, que pode ultrapassar 30 minutos. O blog vai revelar detalhes sobre esse assunto na próxima matéria.

Por Isaías Rocha

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