Trecho da MA-014 entre São Bento e São Vicente Ferrer continua intrafegável; novo protesto está programado
Motoristas e moradores prometem novo protesto com interdição da via no dia 20 de julho

A situação da MA-014, principal rodovia que interliga os municípios da Baixada Maranhense, segue se deteriorando a cada dia. No trecho entre São Bento e São Vicente Ferrer, motoristas enfrentam 42 quilômetros de buracos e crateras, tornando o percurso praticamente intrafegável. A falta de manutenção por parte do Governo do Estado tem gerado prejuízos diários a caminhoneiros, comerciantes e moradores da região.
O caminhoneiro Luíz Bouéres Filho, que utiliza a via para escoamento de cargas, desabafou ao portal G7: “A estrada tem tantos buracos que caminhão entra e não consegue sair. A gente leva quase 3 horas para percorrer um trajeto que, em condições normais, levaria menos de uma. Ninguém joga uma piçarra sequer nesses buracos, muito menos passa uma máquina. Um descaso total”, desabafou.

A MA-014 é estratégica para a economia da região, conectando cidades como Pinheiro, São Bento, São Vicente Ferrer, Olina Nova, Matinha, Viana e Vitória do Mearim à capital São Luís. No entanto, o abandono da via transformou a rodovia em um símbolo do caos logístico. Além das dificuldades enfrentadas por motoristas, produtores rurais relatam perdas nas entregas e problemas no recebimento de mercadorias.
Diante do colapso, moradores e motoristas organizam uma nova manifestação para o dia 20 de julho, com bloqueio total da via, caso nenhuma providência seja tomada até lá. Mesmo a justiça abrigando o governador Carlos Brandão a recuperar a rodovia, até agora nada foi feito.
Enquanto a população da Baixada sofre com buracos e filas de até 24 horas no ferryboat, o governo Carlos Brandão segue priorizando contratos milionários com aliados. Um exemplo é o caso do prefeito de Paço do Lumiar, Fred Campos, cuja construtora Qualitech já recebeu quase R$ 1 bilhão em contratos do governo estadual — valores que geraram denúncias e repercussão nacional, como mostrou reportagem recente do Estadão.
No Maranhão do governador Brandão, a Baixada parece ter sido esquecida — e quem depende da estrada está preso em um ciclo de prejuízo, insegurança e abandono. Como diz o ditado popular: se correr, o bicho pega; se ficar, o bicho come.



