MARANHÃO

Bolsonarista “Maria Jabuti” conhecida por Mical é detaque negativo na imprensa nacional após declaração “machista” na Assembleia

Ela defende que mulheres sejam submissas aos maridos. Maria Jabuti propôs até uma Sessão Solente só com homens para comemorar o Dia da Família

Os principais veículos de comunicação do Brasil destacaram, nas últimas 24h, as falas da deputada estadual Mical Damasceno (PSD) que causou polêmica ao defender, na quarta-feira (17), que a Assembleia Legislativa do Maranhão (Alema) faça uma sessão solene apenas com a presença de homens para celebrar o Dia Internacional da Família, em 15 de maio.

A ideia, segundo a bolsonarista radial, é mostrar que o homem “é o cabeça da família”, enquanto a mulher “deve submissão ao marido”.

Segundo a parlamentar, “as feministas defendem que tem esse direito de igualdade”, mas “querem estar sempre numa guerra contra o homem”. Mical Damasceno afirmou querer “encher” o plenário da Alema de “macho”. Veja abaixo a repercussão negativa nacional de Mical.

“E a senhora [deputada estadual Iracema Vale (PSB-MA), presidente da Alema], como católica praticante, sabe quem é o cabeça da família, é o homem, assim como Cristo é o cabeça da igreja”, disse Maria Jabuti.

A parlamentar prosseguiu: “Então, vai ser lindo para a glória do senhor Jesus, deputado Neto Evangelista [União Brasil-MA]. Essa sessão solene em comemoração da família nós vamos encher esse plenário de homem, de macho, para dizer que ele representa esta instituição. A primeira instituição criada por Deus”.

Quem é Mical Damasceno?

Em 2018, Damasceno foi eleita deputada na Assembleia Legislativa do Maranhão com 52.123 votos, ficando entre os dez políticos mais votados na região. Apoiadora fiel de Jair Bolsonaro, seu eleitorado foi construído com base nos “valores cristãos”, na “defesa pela família”. Hoje, está em seu segundo mandato na Assembleia Legislativa, sendo reeleita em 2022.

Mical é formada em administração pela Universidade Estadual do Maranhão (Uema). Com sete irmãos e dois filhos, chegou a ocupar o cargo de deputada federal pelo PSDC ainda em 2014. Quatro anos depois, se tornou deputada estadual pela primeira vez, obtendo o maior número de votos da sua coligação.

Esta não é a primeira polêmica da deputada. Ela já foi acusada de intolerância religiosa em setembro do ano passado após discutir com líderes de religiões de matriz africana em uma sessão extraordinária da Comissão de Constituição e Justiça. Damasceno fazia parte do grupo acusado de atacar o terreiro “Ilê Axé Oxum Ôpara”.

Mical é filha do pastor Pedro Aldir Damasceno, ex-presidente da Convenção Estadual das Igrejas Evangélicas Assembleias de Deus no Maranhão (CEADEMA).

Por Gilberto Lima

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