Miguelagem: Construtoras Edeconsil e Lucena possuem quase R$ 700 milhões em contratos na gestão Eduardo Braide
Fernandão e Edinaldo Lucena estão juntando grana pública no balde durante a gestão Eduardo Braide
Um levantamento realizado pelo site Folha do Maranhão, parceiro do Portal G7, aponta que apenas duas construtoras – Edeconsil Construções e Locações Ltda e Lucena Infraestrutura Eireli – possuem juntas mais de meio bilhão de reais em contratos na gestão do prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD).
Entre contratos e aditivos, as empresas já torraram aproximadamente R$ 647.841.300,73 (seiscentos e quarenta e sete milhões, oitocentos e quarenta e um mil, trezentos reais e setenta e três centavos) em contratos, com destaque para a empresa Lucena Infraestrutura Eireli, do empresário Edinaldo Lucena, que lidera o ranking ao arrematar R$ 370.227.337,31 (trezentos e setenta milhões, duzentos e vinte sete mil, trezentos e trinta e sete reais e trinta e um centavos), contra R$ 277.613.963,42 (duzentos e setenta e sete milhões, seiscentos e treze mil, novecentos e sessenta e três reais e quarenta e dois centavos) da Edeconsil Construções.
Com viés eleitoreiro, a maioria desses contratos ocorreu em 2023, ano pré-eleitoral, no qual o prefeito Eduardo Braide desenvolveu várias obras na capital com o intuito de conseguir sua reeleição. Um dos projetos pessimamente realizado é o tal retira retorno, que gasta milhões e mantém-se os engarrafamentos quilomêtricos.
Recentemente, o juiz Francisco Soares Reis Júnior, auxiliar da Vara de Interesses Difusos e Coletivos da Comarca da Ilha de São Luís, suspendeu uma licitação no valor de R$ 425.319.071,37 (quatrocentos e vinte cinco milhões, trezentos e dezenove mil, setenta e um reais e trinta e sete centavos), promovida pela Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (SEMOSP) que previa a contratação, por meio de Ata de Registro de Preços, de uma empresa de engenharia especializada na prestação de serviços de manutenção, conservação e modernização de vias na capital.
A suspensão ocorreu após o advogado Thyago Henrique Santos apresentar um pedido de tutela de urgência, alegando irregularidades no processo licitatório e a falta de justificativa para sua realização.
O autor da ação argumenta ainda que a natureza dos serviços, incluindo intervenções em vias de tráfego pesado com soluções complexas, não se enquadra como ‘serviço comum de engenharia’, padrão para o uso do pregão eletrônico. Além disso, foi destacada a discrepância nos valores entre o Pregão Eletrônico nº 141/2023 e a Concorrência nº 001/2023, ambos com o mesmo objeto.
Segundo informações de um empresário, a licitação, que segue tramitando na justiça, teria como beneficiária a empresa Lucena Infraestrutura, justamente a construtora que possui mais contratos na gestão de Eduardo Braide.
Pelo visto, a miguelagem é grande e se o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado, não acordarem, Braide vai continuar fritando grana da população para tentar se reeleger, como Edivaldo Halanda Júnior e Castelo fizeram: Caostelo dançou.
