SÃO LUÍS

Prefeito Eduardo Braide vai transformar via Expressa em uma fábrica de multas

Via construída na gestão de Roseana Sarney tem o objetivo de desafogar o transito as avenidas Carlos Cunha e Daniel da La Touche

O prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), parece que vive em um mundo fora da realidade ludovicense. Qualquer morador da capital maranhense sabe o motivo da construção da via Expressa, que corta duas grandes avenidas da capital. Construída pela ex-governadora Roseana Sarney, a via Expressa nasceu para desafogar as avenidas Carlos Cunha e Daniel de La Touche, elevando um tráfego mais rápido.

Mas a Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) iniciou, no último fim de semana, os serviços de implantação dos equipamentos de fiscalização eletrônica na Via Expressa, algo estranho para uma via construída simplesmente para ter um tráfego mais rápido. Segundo fontes, o objetivo da SMTT seria transformar a via Expressa em uma fábrica de multas.

Os equipamentos de fiscalização eletrônica serão colocado em pontos estratégicos da via. O novo sistema tem como objetivo garantir que a velocidade máxima permitida na via, que passa a ser de 60 km, seja obedecida pelos condutores e que acidentes sejam evitados. Na verdade, os acidentes acontecem por falta de sinalização vertical e horizontal, além passarelas em locais estratégicos.

O projeto de sinalização horizontal e vertical elaborado pela SMTT, levou em consideração características específicas e atuais do local, dentre elas o grande número de famílias que moram nas proximidades da via e o surgimento de escolas, igrejas e praças na região. Se a Prefeitura de São Luís estivesse realmente preocupada com as pessoas, construiria passarelas na região e evitaria acidentes, já que muitos motoristas andam em alta velocidade para evitar assaltos na via.

“É importante esclarecer que a Via Expressa de hoje possui características diferentes daquela inaugurada há 10 anos. Antes não havia habitações às margens da pista, o que viabilizava o fluxo veículos em maior velocidade. Com a nova realidade, são necessárias readequações e a adoção de medidas de segurança para os pedestres e condutores. Nosso objetivo é preservar vidas, possibilitando um trânsito mais adequado e seguro para todos”, explicou o secretário da SMTT, Diego Baluz.

O equipamento eletrônico fixo (radar) que está sendo instalado dos dois lados da via, obedece a regulamentação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e entre suas principais funcionalidades estão a fiscalização da velocidade dos veículos, parada sobre faixa de pedestres, monitoramento de veículos trafegando na contramão, conversões e retornos proibidos. O sistema também será integrado ao Centro de Controle de Operações (CCO) da SMTT.

Após o término dos serviços de instalação, previsto para o dia 13 de janeiro, o equipamento vai funcionar em período de teste por 30 dias e só após esse prazo passará a operar com a fiscalização do trânsito na Via Expressa, que está registrada como MA, mesmo ligando nada a lugar nenhum.

Para melhor orientar a população, a SMTT instalou placas de regulamentação e de advertência ao longo de toda a extensão da via, além da sinalização de solo que inclui faixas de pedestres.

Agora imaginem uma via Expressa com faixa de pedestres. Ainda poderemos chamá-la de via Expressa? Já imaginou uma sinalização assim nas Linhas Amarelas e Vermelha no Rio de Janeiro, que são vias Expressas? Já imaginou a SMTT de São Luís administrando a Avenida Brasil, a maior via Expressa da capital carioca? Realmente, só em São Luís, que via Expressa tem faixa de pedestres e ônibus Expresso para em todo ponto!

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