POLÍTICA

PCdoB/MA é uma casa assombrada que nenhum membro quer mais morar nela

A evacuação do partido começou pelo governador Flávio Dino e deve encerrar por Márcio Jerry

O PCdoB/MA se tornou nos últimos meses uma casa assombrada, ninguém quer mais morara nela e o resultado é um verdadeiro abandono do partido. Como escreveu o jornalista Clodoaldo Corrêa, o histórico recente do PCdoB é mais uma lição das voltas que o poder dá. O tamanho atual do partido diz muito sobre o comunismo de ocasião vivido pelo poder de estar no comando da máquina estatal desde janeiro de 2015. Desse período pra cá dezenas de lideranças foram filiadas e concorreram a cargos públicos tanto para o executivo e legislativo.

Nesta sexta-feira, 4, o deputado estadual Adelmo Soares foi mais um comunista a anunciou sua desfiliação do PCdoB e filiação ao PSB. Aliás, a mudança do governador Flávio Dino para o PSB e anúncio também de filiação do vice Carlos Brandão, que assume o governo no mês de abril, foi como um imã para a sigla socialista que deve passar a ser a maior legenda no estado até o final do período de janela partidária.

Com a saída de Adelmo, Marco Aurélio, Duarte Júnior, Ana do Gás, Carlinhos Florêncio e Othelino Neto, o PCdoB passa a não ter mais nenhum deputado estadual. Na Câmara Federal, o deputado Rubens Júnior anunciou também sua desfiliação, voltará para o mandato em abril.

O PCdoB sentiu o gosto do poder e fez o Maranhão parecer um estado vermelho, quando na realidade, estava apenas inserido na lógica que fez o PSL se tornar o maior partido nacional na última eleição: o imã do poder.

Assim, o partido comunista voltou a ser o que deve ser. Um partido ideológico com pouca representatividade apenas dentro daqueles que legitimamente acreditam na sua ideologia. Até 2024, período das eleições municipais, quem sair por último vai ter que apagar a luz e tentar fechar a porta dessa casa assombrada.

Texto: Clodoaldo Corrêa (com edições)

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