Polícia Civil procura prefeito João Vitor Xavier em Igarapé Grande, mas assassino confesso está foragido

A Polícia Civil do Maranhão esteve nesta segunda-feira (14) no município de Igarapé Grande para cumprir o mandado de prisão do prefeito João Vitor Xavier, acusado de assassinar com cinco tiros o policial militar Geidson Thyago dos Santos. No entanto, o prefeito — que confessou o crime em depoimento — não foi encontrado em casa e nem na cidade.

A operação foi comandada pelo delegado Márcio Coutinho, com autorização judicial também para apreender a arma usada no crime — um revólver calibre 38, conforme o próprio João Vitor relatou em depoimento. Mas, assim como o suspeito, a arma também não foi localizada. O prefeito teria declarado ao delegado César Ferro que jogou o revólver fora após os disparos.

A prisão foi decretada pelo juiz Emílio Braúna, da comarca de Pedreiras, depois que o Tribunal de Justiça do Maranhão decidiu que o caso não se enquadra na alçada do tribunal e deve ser julgado pela Justiça de primeira instância.

Nos bastidores, circulam boatos de que João Vitor estaria buscando um habeas corpus antes de se apresentar à polícia. Também há especulações de que ele pode estar escondido em propriedades de aliados políticos da região, inclusive de outro prefeito.

Durante as investigações, oito testemunhas foram ouvidas na Delegacia de Lago da Pedra, e todas confirmaram que não houve qualquer agressão prévia por parte do policial antes dos disparos. Segundo os relatos, o prefeito chegou ao local e atirou diretamente contra a vítima, sem qualquer conflito anterior.

Imagens de câmeras de segurança já foram recolhidas e encaminhadas à Delegacia Regional de Pedreiras, reforçando o inquérito com provas técnicas.

Até o momento, a defesa do prefeito não se pronunciou oficialmente sobre o mandado de prisão. A expectativa é que a polícia consiga localizá-lo e cumprir a ordem judicial, levando à prisão o “bebê reborn” do clã Erlânio Xavier e aliado do senador Weverton Rocha.