POLÍCIA

Seduc no escândalo que gerou morte de empresário em São Luís por suposta propina

Em depoimento à polícia, Gilbson abriu o jogo e acabou citado o vereador Beto Castro e a Seduc dona da verba empenhada, liquidada e paga em 24 horas

A prisão de Gilbson César Soares Cutrim, filho do dono do jornal Itaqui Bacanga, acusado de matar um empresário em São Luís, pode desmoronar a Câmara Municipal de São Luís e o Palácio dos Leões nos próximos dias. Em depoimento à polícia civil, Gilbson contou tudo e ainda citou o vereador Beto Castro e a Secretaria de Estado da Educação do Maranhão (Seduc).

A Nota Fiscal da empresa S.H Vigilância e Segurança Eireli, no valor de R$778 mil reais, que pode estar relacionada ao assassinato do empresário João Bosco Oliveira Sobrinho, assessor do vereador de São Luís, Beto Castro (Avante), foi paga em 24 horas pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc), segundo o Portal da Transparência do Governo do Maranhão.

Em depoimento na delegacia após ser preso, Gilbson César Soares Cutrim, conhecido como Júnior, afirmou que executou João Bosco após ter sido pressionado pela vítima a pagar ao vereador Beto Castro, propina de 50% do valor do contrato firmado entre a Seduc e a S.H Vigilância e Segurança Eireli na ordem de R$ 778 mil.

O assassino confesso teria revelado que Beto Castro usaria sua influência política para destravar o pagamento da empresa S.H Vigilância e Segurança Eireli junto à Secretaria de Educação do Maranhão e ganharia 20% da quantia, mas depois havia exigido ficar com metade do valor, o que teria causado o desentendimento.

PORTAL DA TRANSPARÊNCIA

Dias 10 e 11 deste mês, a Seduc empenhou, liquidou e pagou o valor de R$ 778.449,92 (setecentos e setenta e oito mil, quatrocentos e quarenta e nove reais e noventa e dois centavos) à empresa de vigilância, conforme constam nas informações presentes no Portal da Transparência do Governo do Maranhão. Veja abaixo.

O valor citado em depoimento por Gilbson Cutrim, confere com o valor pago pela Seduc à empresa que, curiosamente, foi disponibilizado em tempo recorde.

Segundo Gilbson, Bosco estaria ameaçado sua família, inclusive de sequestrar um de seus filhos. De acordo com o depoimento, o Assessor de Beto Castro é conhecido por cobrar “faturas” de agiotas na capital maranhense.

Por Marrapá

Mostre mais

Artigos Relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo