Sem leito em hospitais do Estado, idosa de 65 anos está internada há 10 dias na UPA do Araçagy
Família da paciente denunciou o caso ao deputado Othelino Neto por meio das redes sociais

Uma idosa de 65 anos identificada como Maria Teodora Silva está internada em estado grave há 10 dias na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Araçagy, em São Luís, aguardando transferência para um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O caso foi denunciado pela família nas redes sociais e ganhou repercussão após apelo feito ao deputado estadual Othelino Neto (Solidariedade).
De acordo com denúncia feita ao parlamentar, a paciente é hipertensa, diabética, asmática e apresenta complicações respiratórias graves, com risco iminente de morte. “Recebi pelas redes sociais o apelo desesperado da família da senhora Maria Teodora Silva. Ela precisa com urgência de um leito de UTI e, até agora, o Estado não providenciou a transferência”, relatou Othelino.
A idosa deu entrada na UPA no dia 23 de junho. Desde então, segundo a família, a solicitação de vaga em UTI foi aprovada, mas permanece pendente de execução por falta de leito. A paciente segue internada na Sala Vermelha da unidade, em estado crítico.
A ficha médica aponta diagnóstico de acidose respiratória e necessidade urgente de avaliação nefrológica – especialidade que não é ofertada na unidade. A solicitação de transferência foi enviada para diversos hospitais da rede estadual, entre eles:
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Hospital Carlos Macieira
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Hospital da Ilha
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Hospital Genésio Rego
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Hospital da Vila Luizão
Todos, segundo os relatos, alegaram ausência de leito disponível.
A situação tem gerado indignação entre os familiares, que utilizam as redes sociais para pedir ajuda e denunciar o descaso. A neta de Maria Teodora escreveu: “Minha avó está há mais de uma semana em estado grave, e até agora não conseguiu vaga. Todos os sinais clínicos indicam risco de morte. É desumano.”
Críticas à gestão estadual
A demora no atendimento reacendeu críticas à gestão da saúde pública no Maranhão. O deputado Othelino Neto afirmou que o caso expõe a fragilidade do sistema estadual de regulação e denunciou prioridades questionáveis do governo. “Enquanto faltam leitos e medicamentos, o governo gasta milhões com festas, pesquisas e articulações políticas. É inaceitável que vidas estejam em risco por omissão do poder público”, declarou.
O Portal G7 procurou a Secretaria de Estado da Saúde (SES) para esclarecimentos sobre a ausência de leitos e a previsão de transferência da paciente, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição. O espaço segue aberto para manifestação da SES.