Suspeitas de obstrução de justiça: governo Brandão sob pressão
Crescem as denúncias de que o governo do Maranhão estaria promovendo práticas que podem configurar obstrução de justiça.

Segundo relatos de bastidores, reuniões entre secretários e adjuntos teriam dado a ordem para o apagamento de HDs, a exclusão de arquivos em computadores oficiais e até a substituição de aparelhos celulares usados por gestores, numa tentativa de eliminar vestígios comprometedores.
As informações se somam a casos já preocupantes. Há notícias de descarte e queima de documentos em diferentes secretarias, num cenário de tensão diante do avanço de processos judiciais que podem atingir diretamente o governador Carlos Brandão.
O episódio mais grave envolve a Secretaria de Educação. Em ação judicial que investiga pagamentos suspeitos de verbas da pasta, com indícios de propina, a Justiça determinou o fornecimento de documentos relacionados. A resposta oficial da secretaria foi surpreendente: informou desconhecer o processo e declarou não possuir a documentação exigida.
Especialistas em direito público alertam que a destruição de registros administrativos e a ocultação de informações não apenas configuram graves ilícitos, mas também comprometem a integridade das instituições do Estado.
Se confirmadas, as ordens internas para eliminar provas revelam uma tentativa deliberada de impedir a atuação do Judiciário e dos órgãos de controle.
As denúncias colocam o Palácio dos Leões sob pressão inédita. O que está em jogo não é apenas a situação política do governador, mas a credibilidade do próprio governo diante da sociedade maranhense.
Em vez de transparência e cooperação, a suspeita que paira é de silêncio, apagamento digital e documentos reduzidos a cinzas.
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