POLÍCIA

Caso João Bosco: Cúpula da segurança pública silencia sobre morte por suposto pagamento de propina na Seduc

Advogado Daniel Itapary Brandão, sobrinho do governador Carlos Brandão (PSB) aparece no depoimento de Beto Castro

Abordados pelo jornalista Jeisael Marx durante evento político, o coronel da Polícia Militar, Silvio Leite, e o delegado Jair Paiva, secretário de Estado da Segurança Pública e delegado geral da Polícia Civil, se esquivaram de responder os questionamentos sobre a presença do advogado Daniel Itapary Brandão, sobrinho do governador Carlos Brandão (PSB) e secretário de Estado de Monitoramento de Ações Governamentais, na cena do crime que resultou no assassinato do empresário João Bosco Oliveira Sobrinho.

O crime ocorreu no dia 19 de agosto na área externa do edifício Tech Office, na Ponta D´Areia, em São Luís.

O jornalista Jeisael Marx tentou entrevista-los durante um ato de campanha do governador Carlos Brandão, que nem compareceu, promovido em uma casa de eventos em São Luís.

Ao ser questionado, Jair Paiva disse apenas que o inquérito estava sob sigilo e não respondeu a nenhum dos questionamentos feitos pelo jornalista.

Silvio Leite garantiu que, caso Jeisael marcasse uma entrevista, ele o receberia. Entretanto, também não respondeu às perguntas feitas pelo jornalista.

Segundo Gilbson César Soares Cutrim, assassino confesso da vítima, o crime ocorreu porque Bosco o estava ameaçando para receber 50% de propina sobre um valor de R$ 778 mil oriundo do pagamento, por parte da Secretaria de Estado da Educação, de uma empresa de vigilância que estava inapta.

Daniel Brandão participou de toda a dinâmica do crime. Minutos antes da execução, em uma mesa da lanchonete Tapioca da Ilha, reuniu-se com a vítima; o acusado; e o vereador Beto Castro (Avante), apontado por Gilbson como o agente que utilizou de influência política dentro da Seduc para que o recurso fosse liberado.

O sobrinho do governador, é importante destacar, foi quem ligou para Gilbson pedindo que ele participasse do encontro objetivando encontrar uma solução para o impasse.

Vale destacar os veículos que integram o consórcio comunicação que apura o caso, incluindo este blog, já solicitaram ao Governo do Estado e ao próprio Daniel Brandão posicionamento sobre as denúncias de tráfico de influência e pagamento de propina dentro da Seduc.

Por Clodoaldo Corrêa

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