Convenção de Braide reuniu abandonados, mentirosos e vereadores excluídos
Prefeito de São Luís tentou passar aos presentes, uma austeridade que nunca existiu
A escolha do Auditório Fernando Falcão, na Assembleia Legislativa do Maranhão, para a realização da convenção partidária do prefeito Eduardo Braide (PSD), por ser um espaço pequeno, tinha como objetivo mostrar um público que na realidade, não encheria um Castelinho da vida. Se tivesse colocado em um grande espaço, as cadeiras vazias teriam sido as grandes atrações.
No entanto, a definição pelo espaço mais acanhado tem nas entrelinhas outras motivações, como a falta de popularidade, de apoios políticos — somente dois partidos, MDB e Republicanos, compõem a coligação — e o grande número de compromissos frustrados.
Um deles começa na escolha pela repetição da dobradinha com Esmênia Miranda, mesmo com a atual vice-prefeita disputando novamente o cargo com a sombra de questionamentos judiciais sobre sua situação partidária com o PSD.
A formação de uma chapa “puro sangue”, sem oportunizar a vice-prefeitura aos partidos de Cleber Verde e Aluísio Mendes, também enfureceu os únicos aliados políticos de Braide, as mais recentes vítimas do não cumprimento de acordos do prefeito.
Por fim, sem público, não há necessidade de um espaço maior. O auditório anexo ao Palácio Manuel Beckman, no Complexo do Rangedor, comporta aproximadamente 350 pessoas. E só encheu sua capacidade por conta dos candidatos a vereadores que levaram suas militâncias.
Isolado pelos portões de ferro e pela mata que cerca o parlamento estadual, Eduardo Braide provou de seu próprio veneno, mesmo com Cléber Verde e Edilázio Júnior tentando mostrar em discurso uma parceria sólida, que nunca existiu. O próprio Edilázio JR foi vítima das maldades de Braide ao tomar um chá de cadeira no gabinete do Prefeito.