PINHEIRO-MA

Em nota, Marcus Brandão literalmente confirma que gravou clandestinamente Rubens Júnior

Família Brandão está no olho de um furacão. Tretas envolvem pai, filho, irmãos, sobrinhos e o Espírito Santo.

A gravação clandestina supostamente realizada por Marcus Brandão, envolvendo o deputado federal Rubens Pereira Júnior (PT-MA), escancara o tamanho da desonestidade enraizada dentro de uma família mergulhada em escândalos — que vão desde suspeitas de corrupção até um suposto homicídio envolvendo o empresário João Bosco. Pelas tretas que envolvem os Brandão, o caso é mais um daqueles em que, se for pelo poder, tudo pode acontecer — inclusive nada.

Durante pronunciamento nesta terça-feira (21), na Câmara dos Deputados, Rubens Júnior anunciou a saída do pai, Rubens Pereira, do cargo de secretário de Articulação Política do Governo do Maranhão, comandado por Carlos Brandão (PSB). O parlamentar acusou o governo estadual de realizar gravações clandestinas, mesmo tendo sido aliado do grupo por anos.

Rubens Pereira Júnior chegou a afirmar que as gravações teriam sido feitas por ordem do próprio governador e de seu irmão, Marcus Brandão, e relatou detalhes do episódio, que também envolveria o ministro do STF Flávio Dino e o desembargador federal Ney de Barros Bello Filho. A treta é gigantesca — e, pelo estrondo, o Palácio dos Leões pode desmoronar.

Em nota oficial, Marcus Brandão, presidente estadual do MDB, acabou confirmando indiretamente a gravação ao tentar justificar o episódio. “Lamento que agora, diante da repercussão, crie uma narrativa que contraria o que ele e os demais (Márcio Jerry e Diego Galdino) dizem publicamente há pelo menos dois anos, numa guerra que vinha se reforçando com medidas judiciais no STF, subsidiadas por documentos plantados criminosamente no sistema do governo por hackers militantes do PCdoB”, declarou Marcus Brandão. Veja a nota na íntegra abaixo.

A nota, em vez de esclarecer, jogou mais lenha na fogueira — e confirmou o que já se suspeitava: a gravação existiu e partiu de dentro do próprio núcleo do governo.

Nesta terça-feira, o PCdoB anunciou a entrega do comando da Secretaria de Cidades, ocupada pelo jornalista Robson Paz, em protesto contra o episódio. Já o PSB informou que sua Executiva Estadual se reuniu e decidiu, por unanimidade, recomendar que todos os filiados que ocupam cargos no governo deixem suas funções.

O que todo mundo comenta nos bastidores é que, para se manter no poder, a família Brandão vem sendo citada em uma série de acusações graves — entre elas, a suposta participação no homicídio do empresário João Bosco, ameaças contra uma mulher no interior do estado, e até um suposto pagamento para silenciar Gilbson Cutrim, apontado como executor do empresário, que teria sido orientado a ocultar o nome de Daniel Brandão no caso Tech Office.

Enquanto o Palácio dos Leões pega fogo, aliados de Brandão, em vez de jogar água, continuam atirando gasolina nas chamas. O momento é de desespero, principalmente para um governo que se vê mergulhado em mais um escândalo que promete sacudir as estruturas do poder no Maranhão. Pelo visto, Carlos Brandão não terá um Natal muito animado.

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