PAÇO DO LUMIAR-MA

Fred Campos mantém contrato de quase R$ 400 mil com caixões funerários em Paço do Lumiar

Contrato assinado pela Secretaria de Desenvolvimento Social inclui urnas e insumos funerários, mas levanta dúvidas sobre valores e validade

O prefeito de Paço do Lumiar, Fred Campos, mantém um contrato no valor de R$ 382.987,00 com a empresa W B Lima Comércio e Serviços Ltda, conhecida como Funerária São Francisco, para fornecimento de urnas funerárias e insumos destinados ao chamado auxílio funeral. A empresa tem sede em São Luís, no bairro Cruzeiro do Anil, o que já gera estranheza, uma vez que o serviço será prestado em outro município.

O novo contrato, que tem vigência até 26 de dezembro de 2025, foi firmado em dezembro de 2024 por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Semdes), chefiada por Rozilane Sousa Pereira, que também representa o Fundo Municipal de Assistência Social (FMAS), órgão responsável pela contratação na gestão Inaldo Pereira.

O documento oficial especifica que se trata de serviços “essenciais e contínuos”, o que, na prática, deveria garantir amparo às famílias em situação de vulnerabilidade em caso de falecimento de seus entes. No entanto, o prazo final do contrato termina um dia após o Natal e levanta questionamentos: quem vier a falecer após essa data não terá direito ao benefício funerário?

Outro ponto curioso é o capital social da empresa contratada, que é de apenas R$ 105 mil — valor significativamente inferior ao montante do contrato, o que pode indicar desproporção entre a capacidade financeira da empresa e o serviço prestado.

Trata-se do segundo aditivo ao contrato original (nº 113/2022), que desde sua origem já vinha sendo questionado nos bastidores por seu alto custo e falta de transparência. O novo termo foi assinado pelo empresário Wilson Barros Lima, proprietário da Funerária São Francisco.

Enquanto a população sofre com deficiências crônicas na saúde, educação e infraestrutura básica, a gestão de Fred Campos escolhe priorizar um contrato suspeito de quase R$ 400 mil feito por seu aliado Inaldo Pereira para serviços funerários, sem a devida publicidade do processo licitatório e sem garantir cobertura após dezembro. O contrato, embora legal, levanta sérias dúvidas quanto à sua real necessidade, proporcionalidade e execução.

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