NOTÍCIAS

Lula ainda não se convenceu que está morto politicamente

Aproveitando o fracasso de Bolsonaro, Lula sai distribuindo mentiras antigas na era digital

Nunca fui de entrar em algum debate sem a pura nobreza de saber que argumentos são munições que vencem batalhas do conhecimento. Nos meus 20 anos como jornalista e radialista, nunca fiz uma entrevista sem ao menos antes pesquisar a história do personagem, evito fazer perguntas bobas e por várias vezes fui ríspido ao fui tratado grosseiramente para mostrar que meu diploma não mudou o meu estilo “cabra macho” de ser. Sei que sou um profissional amado e odiado, mas respeitado até por aqueles que não gostam de mim.

Lendo inúmeros manuais de redação, artigos de renomados escritores, descobrir que na comunicação falar a verdade é ter flexibilidade. Essa sempre foi uma uma boa receita usada por mim para minha sobrevivência em busca de um espaço digno no mercado de trabalho. Lembro de dois ex-patrões que se tornaram meus amigos pessoais no Rio de Janeiro, o dono da Bordaki, Mael e Beth, que talvez estranharam quando um dia já atrasado para o trabalho, liguei a cobrar para a empresa e falei que havia dormido demais e teria passado do horário. Cheguei a perguntar se ainda poderia ir e eles responderam que sim. Jamais iria mentir para justificar uma falha, mesmo todos sabendo que fazia faculdade e estagiava. Um erro ou falha jamais poderá ser encoberto por outro erro.

Na política a mentira passou a ser uma “verdade” na mente daqueles que sempre conviveram o vício. Até quando estão falando a verdade, o povo acha que é mentira. O professor Ruy Fausto, do departamento de Filosofia da USP, que estuda Marx e a esquerda contemporânea, disse a verdade tem o que ele chama de “força prática” que os “pseudosbababans” desconhecem. Para ele a flexibilidade está na capacidade de dialogar com o outro.

A prova concreta de que a mentira é uma doença sem cura e afeta muitos políticos, como por exemplo Lula, que sempre garantiu a seus eleitores que seria candidato a presidência em 2018. Não foi candidato mesmo já sabendo que não teria condições por força da lei e ainda atrapalhou Ciro Gomes, colocando Fernando Haddad, que havia sido reprovado pelos paulistas nas urnas de São Paulo em 2016.

Após passar 580 dias preso, Lula foi solto em novembro de 2019 e já saiu da cadeia com um discurso velho para inseminar durante seus encontros e na rede social. As mesmas mentiras dos anos 80 estão sendo pregadas e propagadas para seu público fiel, que ainda não se acostumou com o sabor amargo da derrota após 14 anos no poder.

Vendo toda essa novela implantada por Lula e CIA, lembro de Ruy Fausto que se apresenta como um membro da esquerda independente e vai além: defende que o discurso da esquerda precisa ser reconstruído não apenas na forma, mas em seu conteúdo. “Quais os pontos principais dessa reconstrução? A crítica do populismo-patrimonialismo e à herança mal liquidada dos totalitarismos de esquerda”.

Em seu livro, Caminhos da Esquerda (editora Cia. das Letras), Ruy Fausto faz uma longa reflexão sobre vários temas. Para ele, a burocracia do Partido dos Trabalhadores impediu tanto o avanço de Fernando Haddad nas urnas com uma renovação da esquerda brasileira. Isso já comentei inúmeras vezes, mas os cegos por Lula não conseguem enxergar um palmo além do nariz.

Tal burocracia, diz Fausto, só sobrevive nos dia atuais pela insistência em colocar Lula no centro dos planos futuros do partido. “Lula candidato era o símbolo da continuidade, e a bandeira da continuidade era, no caso, perigosa”, afirma o filósofo.

Quando digo que Lula está morto politicamente, muitos ainda não aceitam essa tese. Quem ainda está forte na política consegue eleger seus candidatos. A prova concreta é Flávio Dino, no Maranhão, que mesmo tendo um mandado meia boca, na minha opinião, conseguiu se reeleger e elegeu 2 senadores, desbancando os candidatos do grupo Sarney. Lula não conseguiu reeleger Haddad na prefeitura de São Paulo e muito menos presidente da República. Lula ainda em votos, mas não é unanimidade como outrora.

Eu ainda finalizo este texto repetindo uma frase antiga que uso há mais de três décadas, onde falo que sou contra reeleição, contra indicação de parentes para cargos políticos, seja ele qual for. “Só na política que adversários combinam resultados após eleitos”, “Política é a única mistura heterogênea que superou a química”.

Por João Filho (jornalista, radialista e empresário)

Mostre mais

Artigos Relacionados

2 Comentários

  1. reporter idiota fala no destaque da reportagem sobre um suposto fracasso do bolsonaro só pra chamar a atençao dos leitores desvisados, para uma reportagem idiota. li toda a postagem e nao achei nenhum argumento que justifique o destaque do tal fracasso. mais uma vez um produto da globolixo atacando o governo. merda de reporter .

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo