Mentira Pronta: Prefeito Braide usa rede social para comemorar fim da greve de ônibus, mas esconde que ele comprou o reajuste da passagem em ano eleitoral
Braide vai pagar R$1,35 por cada passageiro que pagar R$4,20. Em outras palavras, a passagem custa R$5,55 mas o prefeito de São Luís ocuta essa informação da população
Após três dias de uma paralisação que deixou a capital maranhense sem transporte público, causando um prejuízo aos comerciantes, a greve dos rodoviários em São Luís chegou ao fim na noite desta quinta-feira (8). Apesar do anúncio do término da greve, o problema não foi solucionado: foi apenas adiado. Entenda o caso!
O prefeito bolsonarista, Eduardo Braide, usou suas redes sociais para anunciar o fim da paralisação através de um vídeo, assegurando que não haveria reajuste na tarifa de ônibus. Contudo, ocorreu um aumento no subsídio aos empresários do transporte público de São Luís e o valor é bem maior que os ludovicenses podem imaginar.
Atualmente, a passagem de ônibus em São Luís custa R$ 4,20. A Prefeitura, por meio de subsídios, contribuía com aproximadamente R$0,70 centavos para cada passagem, como uma forma de auxílio aos empresários que operam as empresas de ônibus na capital.
Entretanto, após a greve, o subsídio aumentou significativamente, passando de R$0,70 centavos para R$ 1,35. Isso significa que, para cada passageiro que pagar R$ 4,20, a prefeitura agora desembolsará mais R$ 1,35 em forma de subsídio, ou seja, ocultamente a passagem a passagem custa R$5,55. Em outras palavras, o passageiro paga de duas formas: R$4,20 à vista e mais R$1,35 com seus impostos.
O subsídio é uma contrapartida financeira oferecida pela prefeitura para auxiliar as empresas de ônibus. No entanto, é importante ressaltar que o subsídio provém dos cofres públicos, ou seja, da arrecadação de impostos pagos pela população. Em outras capitais, o subsídio é apenas para cobrir gratuidades, meia passagem, mas aqui em são Luís, o prefeito Eduardo Braide criou a modalidade “compra de reajuste de passagem” na tentativa de conquistar o eleitorado ludovicense.
Mesmo com o prefeito Eduardo Braide negando um reajuste direto na tarifa, o aumento considerável no subsídio acaba impactando indiretamente no bolso dos usuários. A lógica é que, no final das contas, é a população quem arca tanto com a tarifa de ônibus, quanto com o subsídio, uma vez que ambos são financiados pelos impostos pagos pela população.
Com isso, a população paga R$ 4,20 de forma direta e R$ 1,35 de forma indireta. Se comparado a outras capitais, onde a qualidade do transporte é superior e os trajetos são mais extensos, São Luís possui uma das passagens mais caras do Brasil, sem contar que os ludovicenses continuarão usando apenas um modal de transporte, bem diferente de Fortaleza, por exemplo, que está avançada, quando o assunto é transporte público.
Enquanto as demais capitais do Brasil incluem novos modais no transporte público, como trem, metrô, LVT, BRT, vans e micoônibus, São Luís ainda vive a era de construção de terminais de integração. E por falar em terminais de integração, os que existem estão sucateados e os prometidos por Braide nunca saíram do papel.
Por Folha do Maranhão