Prefeito Almeida Sousa assinou 27 contratos com empresa investigada pelo Gaeco
Alvo do Gaeco, empresa ligada é ligada ao deputado federal Josimar de Maranhãozinho

Aliado de primeiro escalão do deputado federal Josimar Maranhãozinho, o prefeito de Igarapé do Meio, Almeida Sousa, do PL, celebrou uma série de contratos com uma das empresas alvo de busca e apreensão no bojo da operação Maranhão Nostrum, deflagrada Grupo de Atuação Especial no Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) no início de outubro (reveja).
De acordo com levantamento realizado pelo BLOG junto ao Sistema de Acompanhamento de Contratações Públicas (SACOP) do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MA), a Projex construções e locações Eireli ‘abocanhou’ exatos 27 contratos na gestão de Almeida Sousa entre os anos 2017 e 2021. No total a empresa faturou cerca R$ 4,8 milhões.
Os contratos foram voltados em sua maioria à locação de máquinas pesadas e veículos. No entanto, a construtora teria feito ainda serviços de reformas, construção, asfaltamento e drenagem de vias urbanas.



A Projex integra a lista de 11 empresas que fazem parte de uma espécie de ‘consorcio empresarial’ mantido pelo deputado para ‘sangrar’ recursos públicos em prefeituras comandadas por prefeitos do Partido Liberal – PL, por meio notas fiscais frias.
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Investigações apontaram que Josimar movimentou milhões através de uma rede criminosa composta por funcionários públicos, familiares, sócios de empresas e prefeitos.
De acordo com dados do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica da empresa, registrado junto a Receita Federal, a Projex é uma empresa individual de responsabilidade limitada aberta em 2012, localizada na Avenida Colares Moreira, Nº 100, sala 219, Edifício Los Angeles, bairro Jardim Renascença, em São Luís. Com capital social de R$ 500 mil, a empresa é registrada em nome de Érico Francisco Santos Serra.
Não se sabe ao certo se a empresa de fato existe e tem capacidade para realizar os serviços pactuados, ou trata-se de uma empresa de fachada, daquelas sem qualquer funcionário ou bens registrados. O blogue do Maldine Vieira vem tentando ouvir as partes envolvidas, mas até o fechamento desta matéria não obteve êxito.
Por Maldine Vieira