COLUNA JF

Que futuro nos espera?

Crônica escrita pelo maranhense Raimundo Nonato, radicado no Rio de Janeiro há quase 50 anos

Há que se entender o papel da Natureza. Para mim ela é uma espécie de Constituição Federal promulgada pelo nosso Criador com suas leis que regem o universo.  Partindo do pressuposto de que tudo no mundo é passageiro, sempre me perguntei como será o fim dos tempos e acredito que muita gente também se faça a mesma pergunta.

Também é perceptível que a natureza vive em constante processo de reciclagem e se auto-regula enquanto a vida transcorre, visando o seu próprio equilíbrio. Mas apesar da inteligência e bom senso dado ao homem para resolver suas questões por acordo, de vez em quando ela se sobrepõe as nossas razões criando situações de conflito entre os povos, ou fazendo gestões no sentido de promover aquela “freada do ajeita” a fim de eliminar o excesso populacional que em longo prazo fatalmente precipitaria o fim da nossa existência antes do prazo estatuído pelo seu Promulgador.

Mas um dia tudo isso vai se acabar. Comecei achando que o mundo chegaria ao fim através de uma guerra. Isso ocorreria quando a explosão demográfica ficasse maior que o espaço disponível no Planeta e os recursos naturais por via de consequência, chegassem à exaustão. Na luta pela sobrevivênciaos habitantes do Planeta entrariam em conflito tomando de assalto o espaço e víveres, uns dos outros provocando uma carnificina sem precedentes que levaria a humanidade à autodestruição até que o último vencedor viesse a morrer de velho ou de fome.

Mas os recentes acontecimentos me levaram a passar a história em revista e perceber que existem outros instrumentos de que a natureza pode se utilizar para ajustar ou liquidar definitivamente com a vida na terra. Sem falar de todas as guerras existentes, já tivemos os desastres naturais, as epidemias e toda sorte de tragédias que campeiam pelo mundo.

Agora estamos diante de um novo desafio: como sobreviver diante da “gripezinha”, como querem alguns ou pandemia no entender dos cientistas que não distingue ricos ou pobres, pretos ou brancos, religiosos ou ateus enfim, o inimigo invisível que invadiu o Planeta com a incumbência de nos sufocar ao mesmo tempo em duas frentes: a saúde e a economia. Muita gente em quarentena e, portanto sem trabalho, não têm como gerar renda necessária à própria sobrevivência. Em desespero, os governantes tentam ajudar como podem aos menos favorecidos e ainda investir pesado em tecnologia, justamente no momento em que a arrecadação cai, destinando os parcos recursos disponíveis para minimizar o tamanho exagerado da crise, enquanto os cientistas lutam heroicamente para dizimar o invasor. A pergunta é: Quem será o vencedor nessa luta entre o bem e o mal? Se os recursos do Estado se esgotarem antes que a ciência consiga enfim explodir o reduto inimigo, o fim da humanidade estará decretado.

Por Raimundo Nonato – Radialista, Contador, Compositor e Escritor.
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