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Vitória de Braide faz Flávio Dino engolir à seco derrota em São Luís

Eduardo Braide desbanca grupo político de Flávio Dino ao vencer eleição em São Luís

O deputado federal Eduardo Braide (Podemos-19) foi eleito neste domingo (29), prefeito de São Luís ao vencer a disputa contra o deputado estadual Duarte Júnior (Republicanos). Braide terá como vice Esmênia Miranda (PSD). O candidato do Podemos recebeu 270.557 votos (55,53%) e venceu o candidato do governador Flávio Dino (PCdoB), Duarte Jr que recebeu 216.665 votos.

Flávio Dino chegou a participar de atos de campanha e programas eleitorais no Rádio e TV de Duarte Jr, pedindo votos para o Republicanos no segundo turno. O governador do Maranhão perdeu no primeiro turno, quando declarou voto ao candidato do PCdoB, Rubens Jr. No segundo turno, perdido no meio da encruzilhada, apitou por apoiar Duarte Jr, que foi taxado pelo próprio Flávio Dino como o candidato de Bolsonaro. A derrota ao comunista foi inevitável.

A aliança, no entanto, não foi consenso na base aliada do governador Flávio Dino, que viu partidos como o DEM e o PDT não apoiarem a candidatura do republicano Duarte Jr. O DEM e o PDT declararam apoio a Braide, o que acabou causando um racha na base aliada do Palácio dos Leões, que até o momento tem apenas 6 anos de montagem. Com o tacha que aconteceu, Flávio Dino vai ter que ingerir a derrota e controlar o ódio e o rancor, se não quiser ficar sozinho até o final de seu mandato. Dino sabe, que sem PDT e DEM, o sonho comunista fica cada vez menor e distante.

No primeiro turno, o candidato do Democratas, Neto Evangelista, foi o terceiro colocado e era um dos apoios mais esperados de Flávio Dino para Duarte Jr para tentar virar a disputa no segundo turno. Entretanto, ele apoiou Braide, fazendo campanha, criticando Duarte e chegou a falar que o candidato de Flávio Dino não tem caráter para ser prefeito de São Luís. Neto ainda chegou a falar, que secretários do governo Flávio Dino mandavam as mazelas de Duarte para ser divulgadas, antes do governador pressionar os secretários a fazer campanha ao Republicano.

Eduardo Braide, com 44 anos de idade, já havia sido candidato em 2016 e chegou a ir ao segundo turno na ocasião, mas foi derrotado pelo atual prefeito Edvaldo Holanda Júnior (PDT), então candidato apoiado por Flávio Dino. A resposta veio 4 anos depois, com sabor diferente, já que Edivaldo Jr não manifestou apoio ao candidato de Flávio Dino.

A campanha de Braide focou na imagem de “político independente”. O candidato não teve apoio, por exemplo, da família Sarney —que ficou fora da disputa quando o deputado estadual Adriano Sarney (PV) renunciou à candidatura da disputa no dia 27 de setembro após obter apenas 4% de intenções de voto, segundo pesquisa Ibope. O MDB declarou apoio a Neto Evangelista no primeiro turno. Já no segundo turno Roberto Costa (MDB) declarou apoio a Braide.

Durante a campanha, Braide foi acusado de esconder o apoio de bolsonaristas no estado, como do senador Roberto Rocha (PSDB). Sempre que perguntado sobre alianças, ele repetiu que sua aliança é “com o povo”. O governo Flávio Dino usou as armas malignas para tentar desestruturar Braide, mas não foi possível. O Palácio dos Leões agiram ferozes para degustar um Braide ao molho parto, mas o povo não deixou acontecer. Flávio Dino teve que engolir a vitória de Braide à seco.

Por Carlos Madeiro (UOL)

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