POLÍTICA

Bacabeira-MA: Dinheiro público bancou achocolatados, bombons de café e coquetel na Câmara

Denúncias apontam que despesas desnecessárias teriam ocorridas no ano de 2021, em meio à crise da Covid-19

Aliado da prefeita Fernanda Gonçalo, vive em meio a um furação com escândalos dentro da Câmara Municipal de Bacabeira-MA. Jefferson Calvet, que trás em seu sobrenome uma história de escândalos e corrupção na política bacabeirense, e que já foi secretário de Saúde na primeira gestão Fernanda Gonçalo, não escapou de virar notícia pelo escândalo das diárias, agora vive mais um escândalo ainda pior.

Editais com contratos realizados ao longo de 2021 apontam gastos de quase R$ 300 mil na Câmara Municipal de Bacabeira para fornecimento de achocolatados, bombons de café, serviços de buffet e coquetel. As denúncias vieram à tona pelo site Maranhão de Verdade.

De acordo com a publicação, em plena crise sanitária contra a pandemia da Covid-19, o Legislativo bacabeirense resolveu fazer uma farra com dinheiro público ao longo do ano passado, justamente no momento em que o país e o mundo traçavam estratégias para vencer o vírus.

O mais grave, segundo a denúncia, é que todo esse gasto pode ter sido inútil, pois quem participava das sessões legislativas tinha conhecimento que nenhum banquete era servido aos presentes, a não ser um copinho descartável de café ou água e muito dificilmente um pequeno copo de suco.

Entre os contratos assinados, pelo presidente daquele poder, Jefferson Calvet (PSC), bolsonarista e defensor da honestidade por dizer ser cristão, consta um de R$ 210 mil reais com a empresa H Marinho Neto Comercio e Serviços, inscrita no CNPJ: 63.575.302/0001-08 para fornecimento de material de gêneros alimentícios, expediente e limpeza.

Conforme contrato nº 32767/2021, com vigência de abril a dezembro de 2021, a proposta tinha uma previsão com fornecimento de R$ 10 mil reais em achocolatados e quase R$ 5 mil reais em Bombons de Café. Ou seja, uma verdadeira farra com o dinheiro público em contratos suspeitos, no momento em que muitas famílias estavam passando dificuldades.

No contrato, outros itens como adoçantes, manteigas e todo tipo de biscoitos estão para fornecimento. No mesmo contrato, constam quase R$ 7 mil reais para fornecimento de 100 caixas de caneta esferográfica azul. É caneta que dá para distribuir pra todos os alunos da rede municipal de Bacabeira.

COFFEE BREAK

Como se não bastasse, outra proposta que chama a atenção foi assinada com a empresa H7 Empreendimentos & Serviços, com endereço de Alto Alegre do Maranhão, para organização de eventos e serviços de buffet e coquetel (doces, salgados e refrigerantes) para as sessões legislativas de cada semana. Como diz Boris Casoy: “Isso é uma Vergonha”.

A reportagem do Site Maranhão de Verdade apurou que nem a confraternização de fim ano foi feita naquele parlamento. Ao final da última sessão, os vereadores foram convidados para um jantar em um restaurante na cidade e não tiveram sequer, por exemplo, a oportunidade de levar as esposas, ao contrário do presidente que levou a família, amigos e até funcionários da secretaria onde a esposa comanda.

GUARDA DE DOCUMENTOS

A farra com o dinheiro público segue rolando solta e sem nenhum pudor, em 2021. Além disso, a Câmara de Bacabeira contratou empresa até para guardar documentos, isso mesmo!

Pelo menos é o que consta no contrato nº 32767/2021 firmado com a empresa Michelly Silva Rebouças, CNPJ: 26.192.489/0001-34 para prestação de serviços de guarda e gerenciamento de documentos.

Estes são apenas alguns dos contratos realizados no ano passado pela gestão Jefferson Calvet na Câmara de Bacabeira com o dinheiro do contribuinte bacabeirense em plena pandemia.

ABOCANHOU ATÉ DESCONTOS

A propósito, sabe aqueles R$ 1 mil reais descontados dos subsídios dos 11 vereadores que o presidente disse que seria para o combate a pandemia? Ninguém sabe para onde está indo, mas este assunto será para outra matéria.

Nos próximos dias, o Ministério Público deverá abrir investigação para apurar várias denúncias que foram encaminhadas a Procuradoria Geral do Estado (PGE).

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