MARANHÃO

Balsa velha adaptada par ser ferryboat e apresentada por Brandão como novo é reprovada pela Marinha

A informação foi divulgada pela promotora do consumidor, Lítia Cavalcanti, que está marcando em cima dessa tentativa de macacada

Acostumados enrolar os maranhenses com promessas mirabolantes, os governantes estão encontrando dificuldades para vender uma bermuda nova feita de calça velha. A embarcação José Humberto, vinda do Estado do Pará e apresentada pelo governador Carlos Brandão como nova e moderna para ser usada no sistema de ferryboat do Maranhão, foi reprovada pela Marinha do Brasil. A informação foi divulgada pela promotora do consumidor, Lítia Cavalcanti.

Segundo Ministério Público, após uma análise inicial da Capitania dos Portos do Maranhão (CPMA), a embarcação foi reprovada para operar no sistema de ferryboat do estado. Por ser antiga e adaptada, a canoa velha adaptada, teria dificuldades para atravessar o famoso Boqueirão, travessia mais funda da baía de São Marcos, local onde até navios afundaram.

Com mais de 35 anos de existência, a embarcação que funcionava como uma balsa nos Rios Xingu e Guamá, teria sido adaptada para tentar se inserida no sistema de transporte aquaviário de passageiros e carros do Maranhão, entre a Ponta da Espera, em São Luís, e o Cujupe, em Alcântara.

Recentemente, o Ministério Público do Maranhão enviou um ofício à Procuradoria da República, para pedir cooperação do Ministério Público Federal (MPF), para que possa acompanhar o trabalho da Capitania dos Portos, no procedimento de emissão dos documentos da embarcação José Humberto. O pedido foi acatado pela Procuradoria.

Para a promotora do consumidor, Lítia Cavalcante, que acompanha esse drama há anos, há uma precarização na prestação dos serviços.

“Eles estão querendo contratar um ferry que passou o final de semana passando por serviço. Eu tenho informações concretas de que o ferry não foi aprovado pela Marinha e ela já tem o ofício para responder. Mas, também, os serviços foram feitos porque o ferry não é adequado para a baía, ele não tem motor de propulsão. Ele tem a metade da velocidade dos nossos ferrys, ele é inadequado à Baía de São Marcos. Fora isso, é um ferry de rio, então, vão colocar a população em um ferry desses que, inclusive está apresentando problemas graves e tanto que a Marinha não aprovou para população ir e fazer esse trajeto. Enfim, a gente está fazendo o que tem que ser feito. Agora, gestor nós não somos, o que a gente pode fazer é ajuizar, entrar com as ações devidas, investigar, mas quem tem a gestão é o Estado do Maranhão”, destacou Lítia Cavalcante.

É bom lembrar que o Governo do Maranhão tomou as embarcações da empresa ServiPorto e sucateou-as meses depois. Usou a empresa como cabide de empregos para aliados, inclusive com salários altos, quebrou a ServiPorto financeiramente, e agora deixou a ServiPorto sem nada e a população à deriva.

Por G1

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