BOMBA: Brenda Carvalho registra oficialmente acusações contra vereador Fábio Macedo Filho
Ela é suspeita de ter sido "Laranja" de uma suposta fraude à cota de gênero do Podemos nas eleições de 2024

A ex-candidata e empresária, Brenda Carvalho Pereira, acabou registrando oficialmente as acusações feitas em novembro de 2024, contra o presidente do Podemos São Luís, vereador Fábio Macedo Filho, no caso que tramita no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MA) sobre uma suposta fraude à cota de gênero referente ao pleito municipal de 2024.
Uma Aije (Ação de Investigação Judicial Eleitoral) que pode resultar na cassação do mandato dos três vereadores eleitos pelo Podemos em São Luís (Wendell Martins, Raimundo Júnior e Fabio Macedo Filho), este último, filho do deputado federal Fábio Macedo, que comanda a sigla no Maranhão.
Para quem achou que tudo estava abafado, na ultima movimentação registrada nesta segunda-feira, 27, Brenda Carvalho que já havia usado suas redes sociais para denunciar supostas ameaças, agora registrou e anexou ao processo uma Ata notarial, documento no qual ela relata os conteúdos das mensagens de texto e imagens trocadas em seu telefone móvel com o advogado do Podemos, Thiberio Cordeiro.
Brenda também revelou conversas com o próprio comandante da sigla na capital maranhense, Fábio Macedo Filho, no qual à época as conversas mostram uma transferência em dinheiro para sua conta de campanha registrada no Banco do Brasil. Veja os prints abaixo.
Em um outro print publicado na rede social, um homem identificado por Thiberio Cordeiro repassa orientações para então candidata do Podemos sobre como ela deveria ratear parte dos recursos, sendo R$ 50 mil para a conta do próprio Cordeiro e R$ 67 mil para a conta de uma empresa denominada Sapere Ltda. Brenda teriab recebido R$300 mil do Fundo de Finaciamento de Campanha, mas só obteve 18 votos.
SOBRE O PROCESSO
Junto a ata notarial, a defesa de Brenda demonstra que a investigada teria seguido orientações do Presidente Municipal do Podemos São Luís, Fábio Macedo Filho, para a contratação de empresas, e declaração de gastos de campanha, quando segundo ela, não recebeu os produtos ou qualquer apoio do partido, e continuou como candidata unicamente por ter sido coagida por ele, para cumprir a cota de gênero de candidaturas (Súmula 73/TSE).
Ainda segundo a defesa, o presidente teria garantido a ela que receberia repasse da direção nacional do partido para suas custas de campanha, o que não aconteceu conforme troca de mensagens entre eles.
Procurada pela editoria do Blog. a defesa de Brenda representada pelo advogado, Luis Paulo disse que aguarda com expectativa um desfecho para o caso. “Todos os documentos que demonstram a fraude à cota de gênero foram anexados, e a gente acredita que num tempo breve o TRE vai se manifestar e cassar o registro dos vereadores diplomados”, avaliou.
O presidente do partido Podemos, Fábio Macedo Filho também foi procurado para falar sobre as acusações feitas pela ex-candidata do partido, e por duas vezes não respondeu, e não encaminhou nota sobre os questionamentos.
Veja abaixo documento registrado por Brenda, e anexada ao processo AIJE (Ação de Investigação Judicial Eleitoral).
Outras candidatas do Podemos também são suspeitas de terem sido vítimas da famosa “Laranjada” que supostamente teria fraudado à cota de gênero nas eleições de São Luís em 2024. Entre as supostas vítimas estão ainda Ana Lobo, Simone Karla e Rebeca Braga. Professor Lisboa e João Pedro, também são suspeitos de terem servido de buchas do Podemos nessas eleições. Professor Lisboa recebeu R$340 mil e João Pedro R$500 mil, mas suas votações foram baixas.
Contra o Podemos já tramitam dois processos, ambos com denúncias que versam sobre fraude à cota de gênero.
Por Keith Almeida