Capitã Cloroquina pede ao STF que determine à CPI ‘lacre’ de seu sigilo
Os mesmos que criticam o Supremo Tribunal Federal, agora o tratam como Buscopan

A secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, investigada pela PCI da Covid-19, quer que o Supremo Tribunal Federal (STF) determine à Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid o “lacre” os documentos com a quebra de seus sigilos telefônico e telemático.
VEJA TAMBÉM: CPI da Covid quer reconvocar Mayra Pinheiro, a capitã cloroquina
A Capitã Cloroquina, como se tornou conhecia pela defesa do medicamente ineficaz para o tratamento da Covid, fez o pedido em complemento à reclamação anterior feita ao Supremo sobre o vazamento de informações enviadas à CPI.
Ela diz que novos dados sigilosos foram vazados. “Os integrantes da CPI estão, em linguagem tristemente realista, desdenhando da ordem judicial que lhes foi endereçada, requer se digne determinar o ‘lacre’ dos documentos objeto da quebra do seu sigilo, vedando integralmente o seu acesso, até o julgamento do presente mandado de segurança”.
A Advocacia do Senado já enviou ao Supremo defesa sobre essa acusação. A Ricardo Lewandowski, relator do caso, diz que Omar Aziz tem feito todos os esforços para garantir o sigilo dos dados.
LEIA AINDA: Chances de Braga Netto ser convocado por CPI são distantes e dependem de dossiê
Em sua defesa, o Senado diz ainda que, diferentemente do que alega Mayra Pinheiro, não foram divulgados pela imprensa dados particulares dela. Alega que são informações do seu email funcional e que têm interesse público.
“E tudo isso em um momento de recrudescimento da crise sanitária gerada pelo vírus Sars-CoV-2 (…) a demonstrar que o assunto tratado na mensagem atrai não apenas o interesse da sociedade brasileira, mas, em geral, importa a todas as instituições internacionais ou estrangeiras que, de um modo ou de outro, atuam no combate da pandemia”, dizem advogados do Senado.
Por Lauro Jardim