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Humana Armadilha

O que fizemos do meio ambiente?

Esse mês é celebrado o dia mundial do meio ambiente, período em que deveríamos parar para refletir sobre onde chegamos, que ambiente (des) construímos.

Ruas, vielas, esgotos, casas, avenidas, condomínios, árvore, poucas árvores. Do que hoje é feito o meio ambiente?

As cidades se desenvolveram em uma orquestra sinfônica desafinada, entre acordes e notas tudo se desencaixou, o que antes era morro, virou estrada de chão, o que um dia foi rio, se esvaziou e esgoto se tornou.

A floresta que naquela avenida existia, foi desmatada. E o que então nos restou? Nos sobrou o tal do “progresso” que tanto o homem almejou, evolução, tecnologia, velocidade, uma fiel cidade mecanizada.

Os espaços tornaram-se superficiais, em lugar do verde, o elevado empoderado das janelas dos condomínios se estabeleceu. E mais um verde esvaiu-se no tempo.

Aonde sobrevive o meio ambiente? O que dele fizemos? Nós o sufocamos, com prédios, asfalto, casas, comércios, shoppings…

Lixos são encontrados nas extensas avenidas todos os dias. Esgotos superlotados de sacos plásticos, dejetos e restos de comida. A população a cada caminhada nas vias, joga fora o que usou. Será que foi para o ralo a nossa consciência também?

O bucólico não jaz entre nós, sua essência o homem destruiu, e quanto mais precisará inexistir?

Estamos construindo um outro ambiente, mais sujo, sim. Saturado de nossos próprios pertences, dos nossos lixos eletrônicos e das garrafas de bebidas da festa que aconteceu no sábado a noite, todas deixadas nas vias.

Destruímos o belo, o complexo, e caímos na armadilha pela nossa intensa ambição de evoluir urbanamente e esquecemos a formusura do rural, do campestre. O homem derrota seus meios em cada lugar que ele faz morada, e nos permitimos fechar os olhos, para a visão primordial da importância de manter vivo o ambiente, da nossa mãe natureza, do nosso primitivo lugar.

Que o dia mundial do ambiente exista, não para comemorar, mas sempre refletirmos, pois em nossas armadilhas conscientes nós mesmos escorregamos e caímos, se a natureza morre, nós também morremos.

Texto: Tamara Cristina

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