Imprensa nacional decreta rompimento entre governador Brandão e Flávio Dino

A informação de que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino estaria rompido com o governador Carlos Brandão veio à tona nesta segunda-feira (25), em matéria divulgada pelo jornalista Paulo Cappelli, no portal Metrópoles. Paulo Cappelli é primo do também jornalista Ricardo Cappelli, que foi auxiliar de Flávio Dino do governo do Maranhão e no Ministério da Justiça.

Segundo Paulo Cappelli, o governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), não será convidado por Flávio Dino para a cerimônia de seu casamento com daniela Lima, que acontecerá no próximo dia 30 de novembro, na cidade de Raposa-MA, na região Metropolitana da Grande Ilha.

Divultado há meses na imprensa alternativa do Maranhão, Paulo Cappelli trouxe à tona a ruptura definitiva entre Flávio Dino e Carlos Brandão. A relação, antes marcada por parceria, fidelidade e confiança, foi desgastada por desentendimentos e acusações mútuas de deslealdade, indicando o fim de uma aliança estratégica que definiu os rumos políticos do Maranhão nos últimos anos 10 anos.

Brandão, que foi vice-governador de Flávio Dino e assumiu o Palácio dos Leões em abril de 2022 com o apoio do então chefe do Executivo, planejava seguir o acordo político firmado, segundo o qual abriria caminho em 2026 para o vice-governador Felipe Camarão (PT) disputar a reeleição com o apoio da máquina pública. No entanto, recentes movimentações indicam que Brandão dirigido por aliados pretende concluir seu mandato e, possivelmente, lançar o sobrinho Orleans Brandão como candidato à sucessão, contrariando o pacto inicial firmado com o grupo de Flávio Dino.

A crise se intensificou após Flávio Dino suspender a nomeação do advogado Flávio Vinicius Araújo Costa, indicado por Brandão, para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MA). Dino justificou a decisão com base em ações judiciais e critérios constitucionais, mas aliados de Brandão interpretaram o gesto como uma demonstração de poder e um rompimento com os interesses do governador.

A aliança entre Flávio Dino e Carlos Brandão, que parecia sólida, dá lugar a uma disputa aberta por espaço político e influência no Maranhão. Enquanto Dino foca no Judiciário e em aspirações nacionais, Brandão tenta consolidar sua liderança no estado, mas patina por ser empurrado guela abaixo por aliados, assim como Zé Reinaldo Tavares foi ao romper com Sarney.

A ausência de um convite para o casamento do ministro do STF é apenas o símbolo mais visível de uma separação que pode redefinir o cenário político maranhense nos próximos anos. Uma coisa é quase certa, Brandão pode não ser senador e se tornar o futuro Zé Reinado tavares da política e o grupo Dino pode unir com adversários para retirar os bandonistas do poder.

Por Metrópoles