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Jair Bolsonaro: Uma ilha cercada por marginais e habitada por corruptos

Artigo escrito e publicado pelo jornalista, radialista e pesquisador João Filho

A política aflora corruptos e esconde os honestos. Enquanto estiver no poder, o político ensaia e atua como gente boa perante a sociedade. Prega a honestidade e pratica corrupção. É uma forma de se manter no poder, deslumbrando novos cargos, enquanto o povo sofre. É claro que ainda escapam muitos políticos bons, trabalhadores, humanos que carregam a humildade como faziam antes de virarem pessoas públicas. Mas isso é pouco diante daqueles que aparecem de 4 em 4 anos, trazendo aquilo que a população mais gosta: dinheiro.

Um exemplo de político cheio de suspeitas está o atual presidente da República Jair Bolsonaro. Carrega com sigo, várias acusações de corrupção, além de ter na mesma bagagem seus filhos Carlos Bolsonaro, Flávio Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro. As ex-esposas e a atual esposa Michele Bolsonaro também aparecem na linha de investigação da Polícia Federal. É um escândalo maior que o outro, mas ainda existem milhões de brasileiros, inclusive gente desonesta, que garante votar em Bolsonaro por acreditar na honestidade do atual presidente da República. Tem gente pra tudo, principalmente no Brasil.

Mas isso não para por aí. Bolsonaro que pregava ser honesto, acabou caindo em um inferno astral, após ser eleito presidente da República em 2018. Até no período eleitoral, Bolsonaro desafiava alguém que mostrasse um ato de corrupção contra ele. Bastou o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes passar a chamar Bolsonaro de [Ladrão], o atual presidente mudou o discurso, não falava mais o termo honestidade e nunca processou Ciro Gomes, mesmo sendo desafiado a processá-lo.

Após ser eleito em 2018, a imprensa que não havia acreditado nessa possibilidade, passou a vasculhar a vida pregressa de Jair Bolsonaro. Para surpresa dos brasileiros, pareceram cheques nas contas de Michele depositados por Queiroz. Compra de mansões por valores milionários, notas de combustíveis com abastecimento de uma tonelada de gasolina em um dia só no Rio de Janeiro, mesmo Bolsonaro estando em Brasília nessa data. E mais, possíveis funcionários laranjas em gabinetes, a famosa rachadinha e tantos outros escândalos. Na gestão, as tretas foram ainda maiores, e agora na transição após perder a eleição, a sujeira debaixo do tapete descoberta pela equipe de Lula é bem maior que a imaginada pelo brasileiro mais pessimista. E como disse Gil do Vigor, o Brasil está lascado!

Para não ser cassado, Bolsonaro acabou se aliando a gente como Valdemar Costa Neto, Ciro Nogueira, Fufuquinha, Pedro Lucas Fernandes, Josimar Maranhãozinho, Aluísio Mendes, Magno Malta, Silas Malafaia, RR Soares, Valdomiro Santiago, Gustavo Lima, Zezé de Camargo, Leonardo, Ratinho e uma infinidade de gente desse naipe, que possivelmente se aproximou da política para obter vantagens.

Na verdade, Bolsonaro não é diferente daqueles que o apoiam. Talvez a única diferença entre eles é que o primeiro é leigo em gestão e doutor em tretas. Fazendo uma breve comparação, Bolsonaro é uma ilha cercada por marginais e habitada por corruptos, muitos pregando serem honestos, usando palavras de ordem, como: cristão, patriota e defensor da família. Isso enganou 57 milhões de brasileiros em 2018 e 58 milhões em 2022.

Na ilha chamada Bolsonaro, habitam milicianos, funcionários fantasmas, ex-policiais acusados de tretas em gabinetes dos filhos, amigos políticos corruptos, além das ex-esposas que teriam sido corrompidas pelo agora ex-marido. É um lugar onde a honestidade não habita, o amor é expulso pelo ódio e a mentira maltrata a verdade 24 horas. Ainda tem quem acredite na santidade dessa gente.

Por João Filho [Jornalista, Radialista, analista político, comentarista esportivo e Pesquisador]

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