Mesmo Ministério Público que diz investigar incêndio no Shopping Rio Anil, silencia sobre situação precária dos Ferryboats
O chefe do Ministério Público do Maranhão, Eduardo Nicolau parece que que também aguarda acontecer uma tragédia na baía de São Marcos para agir ou ficar em silêncio

No Brasil, as autoridades só se manifestam quando acontece uma tragédia com vítimas fatais. Exemplos foram as tragédias de Marina-MG e Brumadinho (MG), o incêndio da Boate em Santa Maria-RS, e agora o incêndio no Shopping Rio Anil em São Luís. Enquanto ninguém chora a morte de seus familiares, as autoridades silenciam, mesmo com tantas denúncias graves.
No Maranhão, não é diferente dos demais estados do Brasil. Aqui, o mesmo Ministério Público, que diz ter aberto um inquérito civil para apurar as circunstâncias do incêndio ocorrido no Shopping Rio Anil, em São Luís, na última terça-feira (7), silenciou para a situação dos ferryboats, que prestam um serviço precário e muitas pessoas já alertaram para uma tragédia já anunciada. Embarcações velhas, sucateadas, e mesmo assim o chefe do Ministério Público, Eduardo Nicolau, diz que não tem nada errado, inclusive afastou a promotora do consumidor, Lítia Cavalcanti, por fiscalizar e denunciar a situação das embarcações.
Após a tragédia no Rio Anil Shopping, o Ministério Público diz ter um documento em mãos e passará a analisar se o shopping cumpriu todas as normas de segurança exigidas por lei e se houve falha na prestação de serviços aos consumidores. Vítimas do incêndio alegam que os recursos de segurança à disposição, no momento do acidente, apresentaram falhas. Seria bom que o Ministério Público tivesse esse mesmo cuidado com os ferryboats antes de acontecer uma tragédia no mar.
Uma vistoria nas dependências do shopping, realizada pela Promotoria de Justiça do Consumidor e o Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA), acompanhou os trabalhos realizados para a elucidação do caso. Desafio o chefe do MP, Eduardo Nicolau, a fazer uma fiscalização aos ferryboats, assim como anuncia no shopping. Quem viaja via ferryboat são pessoas, gente, consumidores.
De acordo com a promotora do consumidor, Lítia Cavalcante, o incêndio havido no shopping pode ser qualificado como acidente de consumo (quando um produto ou serviço prestado provoca dano ao consumidor, mesmo quando utilizado ou manuseado de acordo com as instruções de uso). Pensa que Eduardo Nicolau afastou Lítia de fiscalizar os ferryboats. Os passageiros perdem com essa política de Eduardo Nicolau.