POLÍTICA

Projeto que cria Programa Móvel de Oftalmologia continua “esquecido” no gabinete do prefeito Eduardo Braide

Se diagnosticado precocemente, de acordo com dados da OMS, 60% a 80% dos casos de cegueira poderiam ser evitados

Desde que assumiu uma das 31 cadeiras no Legislativo municipal de São Luís, o vereador Ribeiro Neto(Patriotas) tem apresentado vários proposições de extrema relevância social, mas, infelizmente, a implementação efetiva que deverá beneficiar milhares de ludovicenses tem esbarrado na má vontade do Executivo Municipal. Assim como o Fundo Municipal de Combate ao Câncer, o Programa Móvel de Oftalmologia também está parado, “esquecido” em alguma das muitas gavetas no gabinete do prefeito Eduardo Braide(sem partido).

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde(OMS), de 60% a 80% dos casos de cegueiras poderiam ser evitados, sendo esse exatamente o propósito do PL de autoria do edil.

“Esse programa objetiva a realização de consultas e exames oftalmológicos a fim de garantir ações de promoção, prevenção, recuperação da saúde ocular e atendimento básico para a população, promovendo, assim, saúde, cidadania e despertando na população a importância de cuidar da visão, pois se identificado precocemente às doenças oculares poderemos obter um resultado menos danoso que a perda da visão”, afirmou Ribeiro Neto.

Estudos da OMS apontam que entre as causas mais comuns da perda de visão entre a população brasileira, além da catarata e o glaucoma, estão os erros refratários, a retinopatia diabética e a degeneração macular relacionada com a idade. No Brasil mais de 1,5 milhão de pessoas ficaram cegas(0,74%).

Os dados em relação à visão no País são tão alarmantes, que segundo pesquisa realizada em 2020 pelo extinto Ibope, a pedido da gigante Alcon, empresa fundada em 1945 voltada para saúde da visão e publicada na Revista Veja, 34% da coletividade nunca foi ao oftalmologista. Na época, 2002 homens e mulheres a partir de 16 anos foram entrevistados.

O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) revela um dado ainda mais assustador. Mais de 543 mil cidadãos de baixa renda já perderam a visão, enquanto esse número sobe para 859 mil na classe intermediária e, finalizando, entre aqueles com maior poder aquisitivo, digo, os ricos, exatamente pela condição favorável em poder consultar um oftalmologista, esse número cai para apenas 174 mil.

“O diálogo entre à comunidade e o Poder Municipal deve ser fomentado. Não precisa ser médico ou especialista para saber que a visita ao oftalmologista deve ocorrer desde a primeira infância e em todas as fases da vida, sendo importante monitorar a saúde dos olhos. Esse PL foi apresentado e aprovado pelo legislativo municipal exatamente com esse propósito, devendo beneficiar a população mais carente, por isso esperamos que o prefeito Eduardo Braide seja sensível e faça o que precisa ser feito, ou seja, sancione tanto o Fundo de Combate ao Câncer quanto o Programa Móvel de Oftalmologia”, finalizou o vereador.

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