STF na cola do senador Roberto Rocha (PSDB)
O senador tucano tem fugido dos oficiais de justiça constantemente
Reconhecido no meio político pelo destempero, linguagem chula e arrogância, o senador Roberto Rocha (PSDB) vem tentando fugir de um processo no Supremo Tribunal Federal (STF) em que é acusado dos crimes de calúnia e difamação.
De acordo com despacho expedido na semana passada pelo ministro Celso de Mello, relator da ação, um oficial de Justiça tentou em cinco datas e horários distintos nos meses de abril e maio, notificar o parlamentar de queixa-crime apresentada pelo governador Flávio Dino (PCdoB) por crimes contra a honra.
Segundo o documento, o oficial vem tentando contato com o gabinete do parlamentar, para que Rocha responda à acusação, mas só “obteve êxito” uma única vez, quando um assessor do senador, que atende pelo nome Marley, repassou o telefone do chefe de gabinete de Rocha.
O chefe de gabinete chegou a atender a uma ligação do oficial de Justiça, mas passou ignorar novas chamadas e até mensagens de WhatsApp – apesar de inicialmente confirmar que falaria com Roberto Rocha “para proceder a entrega do mandado”.
Para sorte de Roberto Rocha, por conta da pandemia da Covid-19, as sessões do Senado estão acontecendo apenas em formato virtual, e, por isso, o oficial não fez a entrega do mandado de notificação ‘in loco’ no gabinete do congressista, em Brasília.
Agora cabe a Flávio Dino indicar ao STF, outro endereço em que Roberto Rocha possa ser finalmente notificado da ação penal.
Ataques contínuos
Apesar de fugir do Supremo, Rocha não para de desferir ataques a Flávio Dino. No último dia 16, o tucano usou suas redes sociais para chamar Dino e o deputado federal Márcio Jerry de “pilantras”.
O motivo: Roberto Rocha ficou irritado com as críticas que vem recebendo dos maranhenses, após posar ao lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para conquistar o eleitorado.
O problema é que tanto o senador, quando seu aliado decidiram fazer campanha contra o comunismo no Maranhão em plena pandemia, sem prestar qualquer tipo de condolência aos mais de 1.700 mortos pela Covid-19 no estado.
Por Clodoaldo Corrêa