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Assembleia Legislativa do Maranhão: Uma fábrica de medalhas e títulos de cidadão para forasteiros

Parlamento Maranhense acaba gastando dinheiro público com cerimônias para entregar honrarias a quem nunca fez nada pelo povo maranhense

Nos últimos anos a Assembleia Legislativa do Maranhão tem cometido um grande erro ao homenagear pessoas que sequer, moram no Maranhão ou fizeram o mínimo pelos maranhenses. Parlamentares no intuito de puxar saco de personalidades ou autoridades de outros estados, inventam homenagear esse tipo de gente, fazendo da Alema uma “fábrica” de títulos de cidadão e medalhas para desconhecidos.

E como bem escreveu o radialista Jorge Aragão, em sua página na rede social Instagram, é preciso esclarecer que existem diferenças em homenagens prestadas na Assembleia Legislativa do Maranhão, como a Medalha Manoel Beckman e o Título de Cidadão Maranhense. Isso mostra que os deputados não conhecem o regimento da Casa ou simplesmente fingem desconhecer.

Se bem ultilizada, a Medalha é levada em conta apenas a questão de merecimento, por ato de bravura ou serviço de ultilidade, que é uma avaliação pessoal do autor da proposição. Já o Título de Cidadão Maranhense vai além disso. O homenageado precisa atender a outros requisitos, entre eles ter residência fixa no Maranhão durante dez anos. E isso não tem sido respeitado.

Nos últimos anos a Assembleia homenageou o vice-presidente da República Geraldo Alckmin, que é paulista e mora lá, onde foi governador. Aqui no Maranhão, só veio atrás de voto quando foi candidato a presidente e receber o Título de Cidadão Matanhense na Alema. Outro que recebeu a homenagem foi Anderson Torres, ex-ministro de Bolsonaro, acusado de estar envolvido nos atos terrosistas de 8 de janeiro. Mas a lista é bem maior e pessoas sem contribuir com o desenvolvimento do Maranhão foram homenageadas, sem respeitar o regimento da Assembleia.

Agora, quem poderá ser homenageada com o Túitulo de Cidadão Maranhense, proposta do deputado Yglesio Moyses (PSB), será a ex-primeira dama do Brasil, Michelle Bolsonaro, que nunca fez nada pelos maranhenses, não mora aqui, presta um desserviço à sociedade com suas ilações políticas, mas pelo visto a Comissão de Constituição e Justiça da Alema, não percebeu que a homenagem é equivocada e ilegal ao aprovar a proposta de Yglésio. O deputado tem desempenhado um bom serviço aos maranhenses, mas nessa, ele pisou na bola ao cometer os mesmos erros de outros parlamentares.

Como bem disse o radialista Jorge Aragão, a iniciativa de Yglesio pode ser louvável, mas para quem de fato merece, mas não pode inventar homenagem, com uma proposta atropelada pela própria Alema ao questionar outras homenagens semelhantes, que não respeitaram as exigências do Titulo de Cidadão Maranhense. Yglésio estava correto ao questionar a homenagem ao jornalista Ricardo Cappelli, que de fato só veio ao Maranhão para ganhar dinheiro público, não fez nada aos maranhenses e ainda recebeu a alcunha de perseguidor de jornalistas e radialistas. O que não pode é concordar com a ilegalidade aos adversários e passar pano morno no mesmo erro aos aliados.

É necessário levar a coisa a sério, evitar vexames, mostrar que a Assembleia Legislativa do Maranhão não pode continuar banalizando o Título de Cidadão Maranhense, homenageando gregos e troianos, simplemente por achismo, sem justificativa plausível, como indicam as regas. “Se quer homenagear alguém que não tem vínculo efetivo com o estado, que faça entregando a Medalha Manoel Beckman, ou outra honraria outorgada pela Casa, mas jamais transformar em maranhense alguém que não cumpre os requisitos mínimos exigidos para a homenagem”, descreveu o radialista Jorge Aragão.

O Plenário da Assembleia Legislativa ainda irá se posicionar sobre o Título de Cidadão Maranhense à Michelle Bolsonaro. O que não pode, nem deve jamais, é negar a homenagem agora por ser esposa do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, e continuar a fazer outras entregas ilegais. Ou os deputados estaduais corrigem agora os inúmeros equívocos ou aprovam a homenagem e mudam o Regimento Interno do parlamento maranhense, quando o assunto for homenagem, para evitar fabriação de títulos e medalhas para desconhecidos.

“Sendo assim, é importante sempre deixar claro que um erro não pode justificar outro”, finalizou Jorge Aragão, que foi muito feliz ao abordar esse tema em seu Blogue.

Texto: Jorge Aragão (editado e adicionado por G7MA)

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