Bequimão-MA: Prefeito João Martins vistoria serviço na estrada do porto no povoado Floresta
A estrada foi reaberta na gestão do ex-prefeito Zé Martins e está sendo recuperada e empiçarrada por João Martins
O prefeito João Martins, acompanhado da líder comunitária e moradora do povoado Floresta, Nilce Rodrigues, visitou a comunidade nesta quinta-feira (11), juntamente com o secretário adjunto de Infraestrutura, Kell Pereira e o vereador Carlinhos de Severaldo.
O Prefeito aproveitou para vistoriar o serviço de recuperação que está sendo realizado na estrada que liga a comunidade ao porto, uma solicitação da líder Nilce Rodrigues, atendendo um desejo antigo dos moradores que pescam e trabalham na agricultura para aquela região, e que precisam de uma estrada boa para fazer o escoamento da produção.
Além da recuperação da estrada, o prefeito João Martins reafirmou seu compromisso com os moradores e irá fazer a barragem do porto, acabando com o sofrimento dos pescadores, principalmente no período chuvoso e de marés altas, o que facilitará aos pescadores, catadores de camarão, sururu e caranguejo, que usam aquele porto para pescar e colocar comida na mesa de suas famílias.
Em perído de catar sururu e pegar caranguejo, inúmeras pessoas de comunidades vizinhas como Barroso, Frederico, Jacioca, Baixo Escuro, Mojó, Macajubal, Jeniparana, Codozinho, além de pessoas de povoados de Igarapé Açu e Tucunzal em Peri-Mirim, se beneficiam usando a estrada e o porto. João Martins aproveitou para conversar com os moradores Iran e Valdenor durante o acesso a estrada que liga o porto.
ABERTURA DA ESTRADA
A estrada que liga o porto da comunidade Floresta foi aberta em 1983 pelo ex-prefeito Juca Martins (In Memória) em parceria de mutirão com os moradores do povoado, já que às margens da estrada do porto existiam dezenas de famílias que moravam e precisavam de estrada. Naquela época, os moradores transitam por caminhos, e o único meio de transporte era montaria em animais (Cavalo e Boi).
Naquele ano, a estrada foi construída na base da enxada, no pulso, terra sendo carregada no cofo, já que patrol era um veículo desconhecido em Bequimão, município muito pequeno e de pouco recurso financeiro. Até carro de mão era uma ferramenta desconhecida na infraestrutura bequimãoense. Mas os moradores da comunidade eram unidos e cheios de sonhos, assim como até hoje.
A estrada foi pensada pelo saudoso Dezionir Garcia, liderança comunitária respeitada na região, morador do povoado Santana, que através de Tonho Martins, solicitou ajuda a Juca Martins e realizou o sonho dos pescadores, que na sua maioria eram moradores do povoado, que ainda naquela época era chamado de Algodoal, já que a região também produzia algodão. Naquele ano a barragem, que já não existe mais, foi construída até o porto, tudo na base artesanal (cofo e enxada).
VIA NO SÉCULO XXI
Por solicitação da líder comunitária, Nilce Rodrigues, a estrada foi reaberta em 2020 pelo agora ex-prefeito Zé Martins, mas desta vez foi usada patrol, bem mais tecnológica. Após assumir a gestão municipal, João Martins garantiu que iria dar continuidade ao trabalho, recuperar a estrada, construir bueiras de concreto onde for necessário e empiçarrar até o porto da comunidade. O serviço está sendo realizado e nos próximos dias será concluído.
POVOADO FLORESTA
A comunidade Floresta por muitos anos foi composta por vilarejos formados por famílias que vinham de outras comunidades para morar e trabalhar na região: Coxo, Santaninha, Serrano, Lajeiro, Sumaúma, Algodoal e Floresta. A junção foi feita pelo canadense Padre Paulo, que decidiu batizar a comunidade em geral pelo nome de Floresta. Com a junção, os moradores dos vilarejos foram construindo casas mais perto das principais vias e deixando para trás os redutos escondidos e pacatos. A partir de 2006 com a chegada da energia elétrica na comunidade, ainda quem resistia deixar os vilarejos, acabou indo embora pra mais perto do desenvolvimento urbano.
Onde um dia existiu o vilarejo Coxo, hoje existe apenas matas. Já no Santaninha, tem a Escola Agrícola e duas residências. No Serrano, também já não mora mais ninguém. No Lajeiro, todos foram embora de lá e atualmente residem na principal via da Floresta. O Sumaúma, onde está localizado o campo de futebol, agora tudo é Floresta. O famoso Algodoal, também agora é Floresta e onde era Floresta, vilarejo com 6 famílias, se tornou uma floresta de matas ciliares. Hoje a comunidade Floresta é formada por aproximadamente 80 famílias.