Bolsonaro não consegue criar partido e Aliança pelo Brasil morre no embrião
Às vésperas de prazo-limite de Bolsonaro, o Aliança só conseguiu 13% das filiações necessárias
Três semanas atrás, o presidente Jair Bolsonaro avisou que se o partido “Aliança pelo Brasil” não decolar até março de 2021, ele buscará outro partido para disputar as eleições. Sem partido desde 2019, Bolsonaro tem fracassado até para criar um partido, que necessita apenas 491 mil assinaturas de eleitores.
A dúvida sobre a decolagem não procede. Faltam duas semanas para março dar as caras e o partido que Bolsonaro pretendeu criar em 2019 não saiu do chão, mostrando a baixa credibilidade de Bolsonaro mediante ao povo brasileiro. O presidente Jair Bolsonaro ainda vive de passado, achando que ainda está bem na fita.
Seduziu até agora apenas 13% (66.735 pessoas) do mínimo necessário de filiados (491.967) que o TSE exige para aprovar a criação de uma legenda. A prova da baixa credibilidade e da pouca popularidade de Bolsonaro foi justamente as eleições de 2020, onde o presidente da República sequer elegeu um prefeito com seu apoio. Até aqueles que lideravam, após apoio declarado de Bolsonaro, despencaram e sequer foram para o segundo turno.
ALIANÇA PELO BRASIL CHEIO DE TRETAS
De acordo com a Justiça Eleitoral, até agora, o Aliança só conseguiu validar 13% das 491.967 mil assinaturas necessárias. Dentre as 87.460 fichas enviadas ao TSE, 38.070 não foram aprovadas. Segundo a Justiça, entre os não aptos, 24.680 eram de eleitores filiados a outro partido, 1.515 de apoiamentos já registrados, 1.353 de eleitores que tiveram o título cancelado, 294 de eleitores suspensos, 278 de eleitores inexistentes e 87 de eleitores falecidos. As assinaturas do partido começaram a ser colhidas em dezembro de 2019 e seguiram durante janeiro e fevereiro.