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“Brasil herdou indolência do índio e malandragem do africano”, diz vice de Bolsonaro

A declaração é vista como preconceituosa, racista e extremista por outros candidatos

A declaração de que o Brasil herdou indolência do índio e malandragem do africano foi feita pelo vice de Jair Bolsonaro (PSL), General Antonio Hamilton Mourão (PRTB), nesta segunda-feira (06) durante evento da Câmara da Indústria e Comércio de Caxias do Sul (RS). General Mourão assumiu a vaga de vice após a desistência da advogada Janaína Paschoal.

“Temos uma certa herança da indolência, que vem da cultura indígena. Eu sou indígena. Meu pai é amazonense. E a malandragem (…) é oriunda do africano.”, declarou o general da reserva.

Procurado pela Folha de São Paulo, Mourão disse que se referiu aos brancos também. “Não é acusação para nenhum grupo, isso não existe.”, respondeu. Segundo ele a frase foi retirada de contexto. “Estava falando da herança cultural de forma genérica.”, argumentou.

Repercussão

A declaração do General Mourão foi vista como negativa nas redes sociais. Candidatos a presidência se manifestaram contrários à declaração, chamando-a de preconceituosa, racista e extremista.

“Extremismo e racismo são uma combinação perigosa. Não podemos tolerar racismo numa corrida presidencial.” – Marina Silva (Rede)

“Quando o preconceito se junta com a estupidez o resultado é esse! Bolsonaro e Mourão se merecem.” – Guilherme Boulos (PSOL)

“Não, o que o Brasil herdou, como demonstra a fala do general, foi um racismo abjeto, oriundo de mais de 300 anos de escravidão.” – Manuela D’Ávila (PCdoB)

General Mourão declarou, em fevereiro, que Carlos Brilhante Ustra é um herói. Ustra é reconhecido como torturador pelo Poder Judiciário. Também já disse ser favorável a uma Intervenção Militar se referindo a casos de corrupção.

Com informações da Folha de São Paulo

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Aquiman Costa

Graduado em Comunicação Social - Jornalismo (2015) e Pós-Graduado em Assessoria de Comunicação (2018), ambos pela Faculdade Estácio de São Luís.

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