Caso vereador Beto Castro: Lula pode cancelar visita ao Maranhão por conta de escândalo de corrupção envolvendo governo
Conversas entre petistas alinhados ao Palácio dos Leões já circulam nos bastidores, já que a Seduc está arrolada no caso
O depoimento do assassino confesso de João Bosco, Gilbson César Soares Cutrim, caiu como uma bomba no Palácio dos Leões ao envolver o governo do Maranhão em um possível esquema de liberação de pagamentos a prestadores de serviços em troca do pagamento de suposta propina.
Beto Castro e João Bosco estariam cobrando propina de 50% de um pagamento de R$ 778 mil da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), que até poucos meses foi gerida por Felipe Camarão, vice na chapa de Carlos Brandão, para uma empresa de segurança.
Dados do Portal da Transparência do Governo do Maranhão mostram que de fato foi feito um pagamento neste valor para a empresa de segurança no dia 10 de agosto. O assassinato ocorreu dia 19 de agosto, 9 dias após cair a grana na conta da empresa.
Segundo o depoimento do assassino confesso, Beto Castro teria feito lobby para o pagamento e estaria cobrando a comissão além do que havia sido combinado até na pressão do vereador e seu cobrador, o empresário acabou atirando em Bosco, que não resistiu e morreu.
Segundo fontes, a coordenação de campanha do ex-presidente Lula já teria sido informada da situação e do desgaste que pode ocasionar à imagem de Lula, em um ambiente em que o Petista tenta se livrar dos ataques justamente sobre o tema corrupção.
A equipe de Lula estaria analisando se ele ainda virá ao Maranhão para ato de campanha com Brandão na sexta-feira (2) ao lado do governador do Maranhão diante do escândalo de corrupção com um cadáver envolvendo o governo do estado, inclusive com o recurso saindo da secretaria que era comandada até pouco tempo pelo candidato a vice de Brandão e filiado ao PT, Felipe Camarão.
O clima não é dos melhores, nem dentro e muito menos fora do Palácio dos Leões.
