PINHEIRO-MA

Copa do Mundo: Mercado retraído?

Com a crise que está instalada no Brasil, o torcedor perdeu o entusiasmo pela Copa?

Há praticamente menos de um mês para dar inicio a maior festança verde e amarelo em terras russas, o mercado e o povo brasileiro está tímido para sair pelas ruas torcendo pela pátria.

Será isso, consequência de um rombo financeiro de milhões na política brasileira? Será motivo, de descrédito e confiança nas personalidades políticas? Será reflexo de representatividade no cenário político do Brasil?

Que o povo brasileiro está desacreditado da nação, isto já é visto. Mas, porque o desestímulo com o maior jogo ufanista que acontece apenas de quatro em quatro anos em nossa história?

Não se observa atualmente, em tempos anteriores, como nos anos dois mil,as ruas pintadas, a comunidade se unindo para enfeitar as vielas com as bandeiras coloridas do País, os carros ventilando a bandeira em miniatura da nossa nação. As lojas do centro da cidade de São Luís, por exemplo, conta-se no dedo quais se arriscaram em vender os produtos minimalista para esta copa.

Mas, isso é reflexo de que? Simplesmente de uma economia brasileira nada barata, onde o gás de cozinha sofre ajuste mais de cem vezes anualmente, a gasolina sobe para quase dez reais, e me questiono, como pode o Brasil em meio a tanta instabilidade econômica comemorar o circo futebolístico?

O mercado está quebrado, funcionários demitidos, empresas falindo, postos de gasolina se fechando. O povo está dando prioridade para o que é prioritário.

Talvez, essa deva ser a copa do mundo mais introspectiva da história do brasileiro. Estamos afundando para uma quase guerra de fome, de altíssimos preços das mercadorias básicas, escassez de alimentos devido a greve dos caminhoneiros, que iniciou na semana passada.

O Brasil voltou à época medieval, estamos andando sobre as rodas das carroças, onde o que comanda esse país sobre essas rodas, é o animal irracional deste país.

Pelo visto, nem o “pão e o circo” poderão animar o brasileiro em plena era da tal modernidade, em que o moderno se intitula apenas de regresso.

Texto: Tamara Cristina

 

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