MARANHÃO

Imperatriz-MA: Associação de bares reclama do possível cancelamento do carnaval

Para a população imperatrizense, o pau que está batendo em Chico, não é o mesmo que bate em Francisco

Após a decisão da Justiça sobre transferir a verba da prefeitura para o Carnaval, no valor de R$ 440 mil, para a compra de medicamentos no Hospital Municipal de Imperatriz. A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes da Regional Sul do Maranhão emitiu uma nota se manifestando a favor do Carnaval em Imperatriz.

Na nota, a associação afirma que apesar dos problemas de saúde e infraestrutura da cidade, a não realização do carnaval trará mais problemas do que soluções.

“A BRASEL REGIONAL SUL DO MARANHÃO entende que a realização do carnaval 2023 é uma manifestação de extrema importância para a cultura e economia da cidade. Milhares de trabalhadores e empresas como bares, restaurantes, rede hoteleira, comércio em geral, artistas locais, transporte alternativo, paneleiras, ambulantes, catadores, serão beneficiados com o período carnavalesco. Sabemos que a cidade passa por problemas de Saúde e Infraestrutura, porém a não realização do carnaval trará mais problemas que soluções, uma vez que as verbas destinadas são de uso exclusivo para tal atividade e também o orçamento destinado está entre os menores do estado. Com isso somos a favor da realização do Carnaval 2023 pelo Município de Imperatriz.”

A decisão da justiça, divulgada ontem (07), não proíbe a realização do evento, porém a prefeitura só pode utilizar recursos enviados pelo Estado e por empresários.

A decisão, ocorre após inúmeras denúncias de falta de medicamentos, materiais cirúrgicos, máquinas de exames quebradas, problemas na estrutura do hospital. Um dos casos que mais repercutiu nos últimos dias, foi a morte do adolescente José Dhiogo Ferrari Mendes Brito, de 13 anos de idade, que morreu na última quinta-feira (02) após ser transferido do Socorrão para o Macrorregional, segundo a família por falta de medicamento no hospital municipal. O adolescente estava com diagnóstico de trombose e já tinha dado entrada quatro vezes no Socorrão, mas segundo a família, era medicado com remédio paliativo e depois liberado. O município negou as acusações e afirmou que a transferência do hospital foi por necessidade de leito de UTI.

Além dessas denúncias, a decisão da justiça levou em consideração a falta de pagamento do aluguéis dos Hospital Socorrão e Socorrinho, que estão atrasados há 16 meses, a dívida do município com os fornecedores, que atualmente chega ao montante de R$ 3 milhões e também a falta do pagamento de salário dos médicos,

A justiça também ordena que a prefeitura de Imperatriz crie um gabinete de crise para gerenciar a situação crítica da saúde da cidade, principalmente no Hospital Socorrão, e também que o município divulgue em suas redes sociais, tudo o que está ou não funcionando dentro do hospital.

Por Clodoaldo Correa

Mostre mais

Artigos Relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo