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Lula tenta se aproximar dos militares

O ex-presidente está apelando em busca de apoio para 2022

O ex-presidente Lula não tem poupado esforços para se aproximar dos militares. Pessoas próximas ao petista relatam que interlocutores Lulistas com trânsito na caserna têm procurado nomes de alta patente para se aproximarem de Lula. O foco são integrantes das Forças Armadas da ativa que não concordam com ações do governo Bolsonaro como as pregações contra o Supremo Tribunal Federal e os ataques à urna eletrônica, sempre feitos sem prova de fraude.

O foco das conversas é amenizar resistências a Lula com argumentos de que, em seus dois mandatos como presidente, não houve problemas com as Forças Armadas e que, numa eventual vitória sua em 2022, as relações continuariam pacíficas.

A receptividade de Lula pelas Forças Armadas, caso seja eleito no ano que vem, é preocupação entre membros do PT e seus aliados. O assunto foi tema do almoço que o petista teve no mês passado com o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e sua equipe.

Na ocasião, lideranças fluminenses perguntaram ao petista qual seria o destino dos mais de 6 mil militares que ocupam cargos no governo Bolsonaro, caso seja eleito. Lula repetiu o que tem sido dito às Forças Armadas, de que sempre teve ótima relação com os militares e que continuaria assim. Admitiu, porém, que as tensões com a Força cresceram no governo Dilma. Entre os motivos para isso, o petista citou a criação da Comissão da Verdade, mas não fez juízo de valor sobre o colegiado que investigou violações de direitos humanos no Brasil, durante a ditadura.

Nesta semana, o ex-presidente silenciou sobre a matéria do “Estadão” que revelou que o ministro da Defesa, Braga Netto, enviou uma ameaça para o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), por meio de um interlocutor, avisando que, sem o voto impresso, não haveria eleições no ano que vem. A postura de Lula foi vista por aliados como um gesto para não se indispor com os militares.

Por Bela Megale

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