Para evitar reajuste na passagem, Braide paga R$ 20 milhões para empresários
Por conta de interesses eleitorais, visando um possível desgaste de sua imagem, prefeito segura reajuste nas tarifas comprometendo os cofres públicos
A Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), manifestou-se sobre a greve dos rodoviários na capital maranhense, iniciada à 0h, desta quarta-feira (16). O problema é que o prefeito Eduardo Braide está de joelhos para os empresários do setor.
No comunicado, SMTT destacou que “o Município de São Luís vem cumprindo o acordo firmado em novembro do ano passado com os sindicatos dos empresários e rodoviários, no repasse do auxílio emergencial ao sistema de transporte público, no valor de R$ 4 milhões mensais”.
No entanto, ao falar sobre medidas para evitar a greve, o órgão municipal acabou revelando que o valor dos subsídios que serão pagos ao setor em cinco meses vai totalizar a bagatela de R$ 20 milhões.
“A SMTT também informa que o auxílio emergencial foi prorrogado por mais dois meses (fevereiro e março), totalizando R$ 20 milhões ao setor em cinco meses. Desse modo, espera-se o entendimento entre trabalhadores e empresários para o fim da paralisação”, diz o comunicado.
Os empresários falam em gastos com folha de pessoal, combustível, reposição de peças e cumprimento de cláusulas do contrato que prevê renovação da frota. Gastos, que segundo o Sindicato das Empresas de Transporte (SET), foram ficando mais pesados com dois anos sem reajuste de tarifas.
O sindicato aponta que, até outubro do ano passado, o valor da passagem de ônibus deveria ser de R$ 4,77. No entanto, por conta de interesses eleitorais, visando um possível desgaste de sua imagem, o prefeito Eduardo Braide (Podemos) prefere segurar o reajuste nas tarifas comprometendo ainda mais os cofres públicos.