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Para presidentes de partidos, Bolsonaro que estimula ataques a Mourão

Os presidentes de siglas, dizem que Bolsonaro estimula Carlos a atacar Mourão e desfecho da crise é imprevisível

Um governo autofágico – A constatação de que o tiroteio sobre o vice Hamilton Mourão não vai cessar preocupa dirigentes de siglas que tentam se aproximar do Planalto. Comandantes desses partidos dizem já não ter dúvidas de que os ataques de Carlos não só são avalizados, como estimulados por Jair Bolsonaro. Eles avaliam que o presidente embarcou em teoria conspiratória e dá, em privado, razão à ofensiva protagonizada pelo filho. O desfecho da nova crise produzida pelo governo, afirmam, é imprevisível.

Queimou o filme – A guerra aberta contra o vice-Presidente reacendeu críticas de dirigentes políticos ao presidente. Bolsonaro voltou a ser chamado de “despreparado”, e a esse adjetivo somaram-se outros, como “inconsequente”.

Disputa intestina – Funcionários relatam que o Ministério da Educação, comandado por Abraham Weintraub, proibiu o acesso de servidores externos ao restaurante que fica no bloco L da Esplanada. O público era composto na maioria por militares que ocupam os prédios vizinhos.

Terra de cego – Depois de informar que deixaria o cargo de vice-líder do governo na Câmara, o deputado Capitão Augusto (PR-SP), foi procurado por integrantes da Casa Civil que queriam entender a decisão. Ele criticou a articulação do Planalto e voltou a pregar a troca do time que faz o meio de campo no Congresso.

Terra de cego 2 –“[A votação da Previdência na CCJ] foi uma derrota. Você abriu mão [de pontos da proposta] em uma votação de admissibilidade. Não é possível que o governo ache que é uma vitória”, diz Augusto. “Já deixou parte do projeto ali. Imagina o quanto vai sangrar.”

Registro histórico – “Cuidado, senhor presidente, que ele vai agredi-lo! Abaixe o dedo, Papai Smurf! Chame um médico! Chame um médico para o deputado Ivan Valente! (PSOL-SP)”, disse um deputado não identificado. “Puxa vida! Está na favela, é? É baixaria mesmo!”, completou Pastor Eurico (Patriota-PE)”.

Registro histórico 2 – Os diálogos acima, e outros como “chame um médico para a Maria do Rosário (PT-RS), que ela está abalada”, estão registrados nas notas taquigráficas da Câmara sobre a votação da reforma na CCJ, na terça (23).

Estrela do time – O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, vai se filiar ao PSD. Ele disse sim ao convite de Gilberto Kassab, comandante do partido, nesta quarta (24).

Estrela do time 2 – Após a confirmação da filiação, Kassab ofereceu ao prefeito o comando da legenda em Minas. Kalil mostrou simpatia pela ideia. Se topar, solucionará de maneira quase inconteste uma disputa entre as bancadas do partido na Câmara e na Assembleia pelo comando da máquina partidária no estado.

Me tens de regresso – Com a publicação do ato de aposentadoria prevista para esta quinta (25), o ex procurador geral Rodrigo Janot se prepara para assumir, caso de repercussão. Vai advogar ao lado de Márcio Elias Rosa contra a Vale, pro bono, para moradores do distrito de Macacos (MG), afligidos pela mineração.

Descanso forçado – O plenário do Tribunal de Contas da União condenou Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES, a seis anos de inabilitação para cargos públicos, além de multa no valor de R$ 50 mil. A sanção resulta de análise da participação dele nas chamadas “pedaladas fiscais”, que motivaram o impeachment de Dilma Rousseff.

Saiu caro – Em outra decisão, o TCU condenou Rodrigo Rocha Loures, o ex-deputado aliado de Michel Temer que apareceu em filmagem da polícia correndo com uma mala de dinheiro da JBS, a multa de R$ 4,6 milhões por má gestão do Sesi do Paraná no ano de 2004. Outro réu no processo terá que ajudar a quitar o valor, com juros.

Visita à Folha – Armínio Fraga, economista e sócio da Gávea Investimentos, visitou a Folha nesta quarta (24), a convite do jornal, onde foi recebido em almoço.

TIROTEIO
A CCJ foi só o primeiro passo, colocou a bola em campo. O jogo começa agora, e o governo enfrentará cenário de dificuldade. O deputado João Roma (PRB-BA) fala sobre a intensa batalha que começa agora para a aprovação da reforma da Previdência na Câmara.

Por Coluna Painel (Folha de São Paulo)

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