Paricás: Um sonho possível em Paricatiua
”Sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha junto, é realidade" (Raul Seixas)
Parafraseando o poeta “maluco beleza”, Raul dos Santos Seixas, é que eu começo a falar do entusiasmante projeto: Paricás no Paricatiua (Um sonho possível). Projeto este pensado e idealizado pelo não menos sonhador, Dr. Lemos, homem de rara inteligência, culto , simples e, sobretudo apaixonado por sua terra e pelo seu povo, que mesmo a distancia (Dr. Lemos é engenheiro agrônomo, professor da Universidade Federal do Ceará e colunista do Jornal O IMPARCIAL), não esquece por um só instante, daquele torrão e da brisa suave e aconchegante que o vento sopra naquele pedaço do paraíso chamado e conhecido carinhosamente pela alcunha de Paricatiua e que fica às margens do Rio Itapetininga.
O Paricá foi a árvore nativa que deu nome ao povoado, e que por uma dessas ironias do destino – e isso precisa e deve ser motivo de estudo mais aprofundado – simplesmente deixou de existir naquela localidade, extinguiu-se, fato este que incomodou durante anos ou quiçá décadas, o hoje conceituado engenheiro agrônomo que um dia sonhou em presentear aos seus conterrâneos com um exemplar da espécie, mas que nunca lhe passou pela cabeça que quando Deus permitisse que esse sonho fosse realizado, não seria apenas um exemplar, mas exatamente cem (100) pés de belos paricazinhos que hoje crescem vigorosamente sob a estufa do viveiro de mudas da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA).
Eis que entra em ação para dar viabilidade ao sonho, o FDBM, ou simplesmente O FÓRUM EM DEFESA DA BAIXADA MARANHENSE, na pessoa da sua presidente Ana Creusa, que abraçou a causa e passou a andar de mãos dadas com o projeto. Mas não só ela, como toda estrutura que compõe esta grande instituição que luta diuturnamente para que a população da nossa querida Baixada Maranhense possa desfrutar as benesses que a região naturalmente lhes proporciona.
Não podemos deixar de mencionar a importância de valorosas pessoas que lidam diariamente na condução do projeto e que tem dado grandes contribuições para a realização deste sonho, a exemplo do Dr. Gusmão, que nos brindou com uma explanação de excelência sobre o processo de preparação das sementes e o cuidado com o plantio e o manejo das mudas, e a não menos importante participação de Moisés Martins (ambos engenheiros agrônomos e bequimãoenses engajados no projeto ), e toda a sua equipe que produziram as mudas a partir de uma doação das sementes de paricás.
Destacamos ainda, a participação dos alunos e professores que vieram em grande comitiva do Paricatíua para a visita guiada no campus da UEMA, onde além de visitarem o canteiro de mudas, também foram agraciados com uma bela recepção, lanche, palestras e almoço no restaurante universitário, fechando com chave de ouro e já deixando saudades, este dia que ficará marcado na memória, daqueles que tiveram a oportunidade de estar ali, naquela ocasião.
A expedição e transporte das mudas para o município de Bequimão, mais precisamente para o povoado Paricatiua, deverá ocorrer em janeiro de 2019, com uma grande festa que será realizada pela população local. Será escolhida uma área de comum acordo com os moradores para a criação do BOSQUE DE PARICÁS, que será transformado no futuro em um parque, e ponto de encontro e lazer da população local e de visitantes que serão atraídos para lá.
Na ocasião, os alunos envolvidos com o projeto, irão adotar uma ou mais árvores e cuidarão delas como se um filho fosse assumindo o compromisso de regá-las com frequência ou de acordo com a necessidade, e serão batizadas com nomes de pessoas que fizeram parte da história do Paricatiua.
Participaram também como entusiastas os conterrâneos Jorge Filho (vereador) Leandro, o professor Cipriano, Jucivan, Naná, Adelman Filho, Marcelo Lemos (filho de Dr. Lemos) além dos forenses Ana Creusa (presidente), Elinajara, Alexandre Abreu, Amanda Bahury, Leuzanira e este, que vos escreve.
João Ribeiro Júnior