Polícia ouve mais um PM sobre chacina em São Luís-MA
O Policial é acusado das execuções de três jovens na zona rural de São Luís
A Polícia Civil ouviu nesta quarta-feira (9) o policial militar João Inaldo Corrêa Júnior pelo assassinato de três jovens na Vila Coquilho, zona rural de São Luís, na última sexta (4). O militar foi ouvido na Superintendência de Homicídios por ser o suposto dono de uma arma usada para dar um tiro para cima no dia do crime. Após o depoimento, o PM foi liberado.
Segundo a Polícia Civil, o PM Hamilton Caires Linhares, que está preso, confessou que perseguiu os meninos e deu um tiro para cima para assustá-los, mas negou a autoria do crime. Ele disse ainda que perdeu a própria arma e que usou uma arma emprestada pelo PM João Inaldo.
Na terça (8), a polícia já tinha ouvido o depoimento de outro PM identificado apenas como Leonardo, além de um agente penitenciário. Eles faziam a vigilância armada de um condomínio em construção na região, onde os meninos chegaram a ser vistos com vida um dia antes do crime.
Atualmente, a principal linha de investigação é de execução, principalmente pela forma como o corpo dos meninos foram encontrados. A Polícia Civil também identificou o tipo de arma usada no crime.
“Eles foram alvejados por uma arma de uso restrito calibre .40 e até então nós investigamos se o autor desse delito teve alguma colaboração. Como eram três adolescentes, acreditamos que seja pouco provável que essa pessoa tenha participado sozinho do crime. Outras pessoas devem ter cercado os meninos e uma só pessoa efetuou os disparos”, informou o delegado Dilson Pires.
Na última sexta-feira (4), três jovens foram encontrados mortos em uma região de mato no bairro Coquilho, zona rural de São Luís. Eles foram identificados como Gustavo Feitosa Monroe, de 18 anos; Joanderson da Silva Diniz, 17 anos; e Gildean Castro Silva, de 14 anos.
Segundo familiares, os jovens foram vistos pela última vez na manhã de quinta (3) em uma área de construção de um condomínio do ‘Minha Casa, Minha Vida’ que está sendo realizado na região.
Por causa das execuções, moradores se revoltaram e incendiaram o setor administrativo dos condomínios e dois ônibus que fazem o transporte dos funcionários das construtoras da obra.
O empreendimento fica próximo a um matagal, onde os corpos dos jovens foram encontrados. Um funcionário da construtora também é esperado para prestar depoimento à polícia por ser dono de um celular achado no local do crime.
Por G1