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Se fosse o salário do desembargador Gerson de Oliveira que estivesse atrasado 4 meses, ele continuaria trabalhando?

Para o magistrado, mesmo a empresa devendo 4 meses de salários, os funcionários teriam que comunicar os patrões sobre a greve

O desembargador Gerson de Oliveira Costa Filho, talvez nunca trabalhou para ficar 4 meses sem receber salários ou saiu de casa para trabalhar sem deixar sequer pão para sua família tomar café por está com os salários atrasados. Talvez por isso ele teria tomado uma decisão que proíbe motoristas e cobradores de ônibus, que estão sem receber salários há 4 meses, de continuar de greve. Se fosse o desembargador que tivesse na situação dos rodoviários, com salários atrasados ou tivesse recebido R$90,00 reais, a decisão seria justa?

O Magistrado determinou nesta terça-feira (13) o imediato retorno dos empregados do transporte rodoviário, com a manutenção de 100% de toda a frota operante da grande São Luís, incluindo os municípios de São Luís, Raposa, Paço do Lumiar e São José de Ribamar. Em caso de descumprimento, a multa diária seria de R$ 20 mil para a categoria. Só que na mesma sentença aos trabalhadores sem salários, Gerson de Oliveira Costa Filho esqueceu que os empresários estão devendo e precisariam pagar imediatamente os funcionários. Mas no Brasil, manda quem pode e obedece quem tem medo. Por isso empresários do transporte público de São Luís já estão acostumados a pintar e bordar com a justiça do trabalho e nada acontece.

Sem acordo, funcionários de empresa de ônibus continuam com paralisação em São Luís — Foto: Reprodução/TV Mirante

A ação de tutela provisória de urgência, de natureza cautelar antecedente, com pedido de concessão de liminar, foi ajuizada pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET), o mesmo Sindicato de fica com milhões de reais todos os anos das sobras dos cartões de passageiros de trabalhadores e estudantes e nunca apareceu um desembargador chamado Gerson de Oliveira Costa Filho para pedir explicações do SET e muito menos dos empresários.

Cerca de 300 funcionários, entre motoristas e cobradores da empresa de ônibus Estrela, situado no bairro Anjo da Guarda, em São Luís, paralisaram suas atividades desde a madrugada desta terça-feira (13). Segundo os funcionários, a paralisação foi motivada pelo atraso no pagamento integral dos salários e também do ticket alimentação dos funcionários. Os funcionários ficaram concentrados em frente a garagem da empresa e afirmaram que a paralisação é pacífica.

O certo é, que, a população pode ficar sem ônibus, mas os trabalhadores jamais podem ficar sem seus salários e sem comida na mesa para fazer gosto para empresários. Todos os anos os donos de empresa de transporte coletivo da Grande Ilha, atrasam salários de funcionários para forçar o reajuste da passagem. Já é costumeiro e toda justiça maranhense já conhece essa ladainha. Quem sofre são os trabalhadores, que trabalham e não recebem. Está a hora do prefeito Eduardo Braide revisar essa licitação feita por Edivaldo Holanda Júnior, cheia de vícios e de mordomias para os empresários, que acabam ficando milionários com sobras das passagens dos consumidores. Isso a justiça do Maranhão não enxerga.

Fotos: TV Mirante

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