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Bolsonaro quer mandar até nos Estados, como se fosse Governador

Bolsonaro criticou decreto de Witzel: 'Parece que o Rio de Janeiro é outro país'

O presidente Jair Bolsonaro criticou nesta sexta-feira um decreto do governador do Rio de Janeiro, WilsonWitzel, com medidas para conter o avanço do novo coronavírus. De acordo com Bolsonaro, “parece que o Rio de Janeiro é outro país”, porque Witzel teria tomado medidas que não competem a ele. O presidente também afirmou que algumas das medidas que estão sendo tomadas por governadores prejudicam os mais pobres e podem causar saques.

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O decreto de Witzel determinou a suspensão de viagens aéreas, terrestres e aquaviárias de origem de locais com circulação confirmada do coronavírus ou situação de emergência decretada. A suspensão, no entanto, depende de confirmação das agências reguladoras, como a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que criticou a decisão.

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— Estão tomando medidas, no meu entender, exageradas. Fecharam o aeroporto do Rio de Janeiro. Não compete a ele, meu Deus do céu! A Anac está à disposição, é uma agência autônoma que está aberta para todo mundo, para conversas. Eu vi ontem um decreto do governador do Rio que, confesso, fiquei preocupado. Parece que o Rio de Janeiro é um outro país. Não é outro país. Você tem uma federação — disse Bolsonaro, na saída do Palácio da Alvorada.

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Bolsonaro voltou a falar que as medidas tomadas contra a Covid-19 não podem gerar “pânico”:

— Temos que tomar medidas equilibradas, (e não medidas) que cada vez mais levam pânico. Se vocês acompanharem o que está acontecendo com o povo, em especial o mais pobre…Daqui a pouco vamos ter problema de saque, outros problemas vão aparecer no Brasil.

O presidente também demonstrou preocupação com o fechamento do comércio e afirmou que “o remédio tem que ser proporcional” para não virar um veneno:

— Tem certos governadores, tenho que criticar de novo, que estão tomando medidas extremas, que não competem a eles: fechar aeroportos, fechar rodovias… Não compete a eles. Fechar shopping etc, está para fechar a feira dos nordestinos (Feira de São Cristóvão) no Rio de Janeiro. Se o comércio para, o pessoal não tem o que comer. Em alguns casos, o vírus mata, sim, mas muitas mortes serão (de pessoas) sem comida. A pessoa com uma alimentação deficitária é mais propensa, ao pegar o vírus, a complicar sua situação sanitária, levando até a óbito. O remédio tem que ser proporcional, se não, mata. Se qualquer um tomar remédio demais, vira veneno.

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Por Daniel Gullino (O GLOBO)

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