“É preciso buscar solução para o problema”, diz Weverton sobre ataque a quilombolas
Em Arari-MA, quilombolas foram atacados a bala e um trabalhador morreu após esse atentado
O senador Weverton Rocha (PDT lamentou o falecimento do quilombola José Francisco Lopes Rodrigues, de 58 anos, conhecido como Quiqui, que sofreu um atentado à bala na comunidade Cedro, no município de Arari, no dia 3 de janeiro. Segundo o parlamentar, é preciso encontrar uma solução para os conflitos no campo no interior do estado.
Ainda de acordo com o parlamentar, o assassinato de Quiqui, executado por jagunços, não pode ficar impune e afirmou que é preciso “uma atenção cada vez maior no Brasil para temas ligados aos diretos humanos, a questões fundiárias e socioambientais”.
Weverton pediu atenção para os dados divulgados no livro “Conflitos e Lutas dos Trabalhadores Rurais no Maranhão em 2020”, organizado pelo advogado popular Diogo Cabral e lançado em dezembro de 2020 pela Federação dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares do Maranhão (Fetaema).
O senador defendeu que os setores verdadeiramente democráticos do Brasil, incluindo liberais, se unam em busca de solução para o problema. “Devemos nos aproximar cada vez mais dessas questões, ouvir, aprender, buscar informações e, se for o caso, rever posições, para que se possa superar diferentes agressões e preconceitos”.
O pedetista falou na construção de uma agenda política que possa “garantir os direitos e o modo de vida de diferentes setores da sociedade, rurais e urbanos, que seguem vulneráveis a diferentes formas de violência”.
Weverton Rocha disse que é preciso ficar claro que priorizar essas questões, não é desconsiderar a importância de setores empresariais, incluindo os produtores rurais. “Eles prestam um serviço de grande importante ao país, fundamental para nossa economia, incluindo a geração de empregos. Mas há questões a serem resolvidas e é preciso buscar consenso em favor da vida”, diz ele.
O senador maranhense finalizou enfatizando que “em nenhuma sociedade do mundo, se chegou a níveis aceitáveis de civilidade e de verdadeiro desenvolvimento humano e econômico, aprofundando desigualdades ou institucionalizando a violência”.