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Gaeco acorda vereador de São Luís, Humbelino Júnior (PSB)

Ministério Público do Maranhão pede a prisão do parlamentar

A vida política do vereador de São Luís, Humbelino Júnior (PSB), virou de cabeça para baixo após derrota nas urnas em outubro deste ano. Já no final de mandato, a fatura de suas supostas tretas começaram a chegar e agora com juros e correções monetárias.

Na manhã desta quarta-feira (13), o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Maranhão deflagrou a Operação Occulta Nexus, a mandados de busca e apreensão expedidos pela Vara Especial Colegiada dos Crimes Organizados do Termo Judiciário de São Luís. Em Imperatriz-MA também houve ação do Gaeco.

De acordo com investigações minunciosas do Ministério Público, o Gaeco teria descoberto uma suposta organização criminosa liderada pelo vereador Joaquim Umbelino Ribeiro Júnior, na Câmara Municipal de São Luís, pela prática de “rachadinha” (peculato-desvio) do salário dos servidores lotados em seu gabinete do parlamentar.

As investigações apontam ainda, que os envolvidos no esquema são familiares e parentes do vereador Humbelino, incluindo esposa, cunhados e sogro, sendo este último residente em Brasília-DF. A organização criminosa também estaria contando com apoio de terceiros para efetivação dos desvios e outros crimes, como “lavagem” de capitais e falsidade ideológica.

O Ministério Público do Maranhão requereu a prisão preventiva de Joaquim Umbelino Ribeiro Júnior e mais três investigados, porém a Vara Especial Colegiada dos Crimes Organizados indeferiu o pedido, decretando as seguintes medidas cautelares diversas da prisão: comparecimento mensal em juízo com o propósito de informar e justificar atividades; proibição de acesso e frequência à sede da Câmara Municipal de São Luís; proibição de manter contato, por qualquer meio de comunicação, com todos os demais investigados; proibição de ausentar-se da Comarca sem prévia comunicação a este juízo; e suspensão do exercício da função pública, diante do receio de sua utilização para a prática de infrações penais.

AFASTAMENTO

Os investigados foram afastados do exercício do cargo, a fim de resguardar a moralidade pública e não prejudicar o andamento das investigações. Foi autorizada, ainda, a apreensão e sequestro de bens e o bloqueio de R$ 2.182.339,33 (Dois milhões, cento e oitenta e dois mil, trezentos e trinta e nove reais e trinta e três centavos), nas contas bancárias de todos os investigados, para fins de ressarcimento ao erário.

MEGA OPERAÇÃO 

A operação contou com o apoio dos promotores de justiça integrantes do Gaeco dos núcleos de São Luís, Imperatriz e Timon; das Polícias Civil e Militar do Maranhão e, ainda, dos promotores de justiça das comarcas de Açailândia, Chapadinha, Estreito e São Luís. A Coordenadoria de Assuntos Estratégicos e Inteligência (CAEI-MPMA) também auxiliou nos trabalhos.

Os documentos e equipamentos eletrônicos apreendidos serão analisados pelo Gaeco e pelo Laboratório de Tecnologia Contra a Lavagem de Dinheiro (LAB-LD), para compor o conjunto probatório necessário para subsidiar o oferecimento de Denúncias contra os investigados.

ORIGEM DO NOME DA OPERAÇÃO

“Occulta Nexus”, que significa ligações ocultas em latim, faz alusão às conexões entre os investigados que praticam a “rachadinha” do salário em favor do vereador, que agia ilicitamente de forma oculta com seus familiares e assessores.

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